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Bovespa fecha em alta de 0,46% com Vale

A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta em meio ao forte avanço das ações da Vale


	Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa subiu 0,46%, a 50.287 pontos
 (Nacho Doce/Reuters)

Mulher passa em frente a logotipo da Bovespa: o Ibovespa subiu 0,46%, a 50.287 pontos (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2015 às 19h32.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta quarta-feira, em meio ao forte avanço das ações da Vale, na esteira de ganhos dos preços do minério de ferro na China e divulgação de menores investimentos pela mineradora.

A trajetória positiva no pregão paulista, contudo, perdeu fôlego ao longo do dia, conforme a ações da Petrobras passaram a cair acompanhando a piora dos preços do petróleo.

O Ibovespa subiu 0,46 por cento, a 50.287 pontos.

Na máxima, chegou a subir 1,59 por cento.

O giro financeiro totalizou 4,6 bilhões de reais. O desempenho de bolsas no exterior corroborou os ganhos locais, com dados sobre as contratações no setor privado norte-americano atenuando apostas de uma alta nos juros norte-americanos em setembro. O S&P 500 subiu 0,3 por cento.

A temporada de balanços doméstica também repercutiu na Bovespa, enquanto o cenário político instável continuou no radar.

DESTAQUES

=VALE fechou com as ordinárias em alta de 5 por cento e as preferenciais com avança do 3,9 por cento, em meio à elevação dos preços do minério de ferro na China e da divulgação pela mineradora de que planeja investir em 2015 entre 8 bilhões e 8,5 bilhões de dólares, ante previsão anunciada em junho de investimento de 8 bilhões a 9 bilhões de dólares neste ano.

=PETROBRAS devolveu os ganhos iniciais e fechou com as preferenciais em queda de 1,67 por cento e as ordinárias em baixa de 1,08 por cento, conforme o petróleo mudou de sinal e passou a operar em queda por volta do meio dia, com agentes atribuindo o movimento a dados mostrando alta nos estoques de gasolina dos Estados Unidos. Agentes financeiros também estão na expectativa da divulgação do resultado trimestral da estatal na quinta-feira. =BRASKEM, SUZANO PAPEL E CELULOSE e FIBRIA figuraram na ponta positiva do Ibovespa, encontrando suporte no câmbio, com o dólar chegando a tocar 3,50 reais na máxima do dia, na quinta alta seguida. GERDAU guiou os ganhos entre as siderúrgicas, que também tendem a se beneficiar do real depreciado e que nesta sessão ainda tiveram apoio de alta dos preços do aço na China.

=GAFISA fechou em alta de 5,16 por cento, ajudada pela informação de que a terceira edição do programa habitacional Minha Casa Minha Vida será lançada pelo governo federal no dia 10 de setembro, conforme divulgou a presidente Dilma Rousseff em sua conta no Twitter. O Itaú BBA disse que a notícia reforça o compromisso do governo com o programa, mas ponderou que a fase operacional só deve entrar em vigor no início de 2016 e que a Câmara dos Deputados deve votar este mês proposta que reajusta a remuneração do FGTS, o que pode afetar bastante os juros e o custo de financiamento do programa. MRV, que também tem exposição ao programa habitacional popular, caiu 2 por cento. Fora do Ibovespa, DIRECIONAL avançou 2,94 por cento.

=TIM PARTICIPAÇÕES fechou em alta de 3,96 por cento, após anunciar plano de redução de custos de mais de 1 bilhão de reais nos próximos três anos, um dia depois de divulgar queda no lucro e no Ebitda do segundo trimestre sobre o mesmo período do ano passado. O Bradesco BBI citou que a sua maior preocupação com o desempenho da TIM no trimestre foi o declínio nas receitas com serviços, mas que a operadora parece capaz de manter melhora nas margens, apontando entre os fatores para isso iniciativas de controle de custos como plano de corte de gastos. No setor, TELEFÔNICA BRASIL subiu 3,79 por cento e Oi ganhou 1,6 por cento. [nL1N10G1SA] =SMILES caiu 2,96 por cento, mesmo após a divulgação na véspera de lucro de 89,4 milhões de reais no segundo trimestre, alta de 39,5 por cento na comparação anual. O Credit Suisse disse que os números foram bons e destacou a decisão da empresa de costurar uma estratégia com bancos para garantir crescimento na emissão de milhas no futuro. Os analistas da casa avaliam que o bom momento da empresa deve seguir, mas que já está precificado e por isso mantiveram a recomendação "neutra" para a ação.

=COPEL foi destaque de baixa, com declínio de 3,16 por cento, em sessão de perdas no setor elétrico como um todo após altas recentes. O índice que reúne empresas do segmento na bolsa caiu 1,72 por cento.

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