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Bovespa encerra em alta, apesar de cautela no exterior

Índice registrou alta de 0,95%, na contramão do exterior, com ajuda de papéis do setor financeiro


	Bovespa: na sessão desta segunda-feira, tiveram destaque as ações de bancos, como a ordinária do Banco do Brasil e a preferencial do Bradesco
 (Getty Images)

Bovespa: na sessão desta segunda-feira, tiveram destaque as ações de bancos, como a ordinária do Banco do Brasil e a preferencial do Bradesco (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 18h19.

São Paulo - A Bovespa conseguiu sustentar ganhos nesta segunda-feira, a despeito da cautela que predominava no exterior, onde os investidores esperavam o pronunciamento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Ben Bernanke, marcado para as 19 horas (horário de Brasília).

O Ibovespa fechou em alta de 0,95%, aos 62.080,79 pontos, levemente acima dos 62 mil pontos, uma barreira gráfica importante para o índice à vista.

Petrobras e Vale puxaram o Ibovespa para baixo durante o pregão, mas as ações de bancos, que na semana passada haviam sido pressionadas, apresentaram ganhos consistentes e favoreceram o Ibovespa. Pela manhã, o índice chegou a atingir a máxima de 62.285 pontos (+1,28%) e, pouco depois da abertura, a mínima de 61.511 pontos (+0,02%). Em Nova York, os principais índices caminhavam para um fechamento próximo da estabilidade. Às 17h45, o Dow Jones subia 0,14%, o S&P 500 tinha baixa de 0,12% e o Nasdaq caía 0,30%.

"A Bovespa ficou na contramão do exterior hoje, em alta, mas na semana passada ficamos na contramão também, só que em baixa", disse o economista-chefe da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira. Na última semana, o Dow Jones e o S&P 500 acumularam valorização de 0,40% e 0,38%, respectivamente, enquanto o Ibovespa recuou 1,64%. "Hoje o Ibovespa subiu, ajudado também pelas ações de bancos", completou.

Banco do Brasil ON teve alta de 3,66%, Bradesco PN subiu 1,64%, Itaú Unibanco avançou 1,23% e as units do Santander tiveram ganho de 1,16%. Profissionais justificaram o movimento lembrando que, na semana passada, em algumas sessões, as ações de bancos registraram baixas, enquanto as units do Santander avançaram, em meio a rumores de que a operação brasileira do banco espanhol poderia ser vendida. Agora, ocorrem ajustes de preços, desta vez em alta.


"O governo reduziu o compulsório bancário recentemente, o que gera uma perspectiva melhor para os bancos", citou Pedro Galdi, estrategista da SLW. "A partir de agora, os papéis começam a ganhar um pouco de rentabilidade."

A Vale seguiu pressionada ao longo do dia, para depois fechar sem tendência definida, enquanto a Petrobras não conseguiu sustentar os ganhos da manhã, terminando perto da estabilidade. A percepção de que o aumento dos combustíveis está próximo favoreceu os papéis da petroleira em um primeiro momento.

Vale ON subiu 0,39% e Vale PNA teve baixa de 0,61%, enquanto Petrobras ON avançou 0,10% e Petrobras PN teve queda de 0,15%.

Mais cedo, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou que estuda reduzir de três para duas casas decimais o preço da gasolina, atendendo a pedido de órgãos de defesa do consumidor. A mudança está em discussão na área técnica e teria que ir a audiência pública antes de ser regulamentada.

Representantes de distribuidoras dizem que a medida poderia gerar um ligeiro aumento do preço, já que a tendência seria arrendondar o número para cima. No caso de arredondamento de R$ 2,895 para R$ 2,90, isso representaria alta de 0,17%.

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