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Bovespa deve recuperar terreno atenta ao Fed e EUA

Os investidores estão deslocando as atenções do impasse fiscal nos Estados Unidos para a sucessão no comando do Federal Reserve


	Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,33%, aos 52.485,46 pontos, na máxima
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,33%, aos 52.485,46 pontos, na máxima (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h10.

São Paulo - Depois de encerrar a sessão de ontem acumulando perdas em outubro pela primeira vez no mês, a Bovespa deve tentar reconquistar parte do terreno perdido recentemente, com os investidores deslocando as atenções do impasse fiscal nos Estados Unidos para a sucessão no comando do Federal Reserve.

Além disso, o Banco Central norte-americano divulga a ata da reunião de setembro, no qual deve explicar os motivos para manter intacto o atual programa de estímulos monetários.

No Brasil, as apostas para um aperto de 0,50 ponto porcentual no juro básico estão consolidadas. Resta saber se a taxa Selic encerrará 2013 em um dígito (ou não). Por volta das 10h05, o Ibovespa subia 0,33%, aos 52.485,46 pontos, na máxima.

"A Bovespa pode ter uma dia de recuperação e subir com a indicação para o Fed", avalia o economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, para quem o movimento doméstico deve estar atrelado ao desempenho externo. No horário acima, o futuro do S&P 500 avançava 0,17%.

A indicação da atual vice-presidente do Banco Central norte-americano, Janet Yellen, a ser anunciada nesta tarde (16h), pelo presidente dos EUA, Barack Obama, traz alívios aos negócios com risco, uma vez que sinaliza que dificilmente haverá uma inesperada mudança brusca na condução da política monetária.

Antes do anúncio oficial vindo da Casa Branca sobre a sucessão no Fed, as atenções se voltam para a divulgação da ata da reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), às 15 horas. No encontro do mês passado o Fomc surpreendeu os agentes financeiros com a manutenção dos estímulos econômicos aos EUA.

No Brasil, o destaque está reservado para o fim do dia, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) deve elevar a taxa básica de juros pela quinta vez consecutiva, em outros 0,50 ponto porcentual. Diante do consenso quanto à decisão do Banco Central brasileiro, a expectativa recai para o comunicado que seguirá a decisão.

Há pouco, o IBGE informou que o índice oficial de inflação no País ficou em 0,35% em setembro, de +0,24% em agosto, ficando levemente acima da mediana prevista de 0,34%, após levantamento do AE Projeções.

No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA registra alta de 5,86% até setembro. Segundo o instituto, é a primeira vez no ano que o IPCA ficou abaixo dos 6%.

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