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Bovespa cai 0,4% com influência negativa de Vale

O Ibovespa começou o dia pressionado por realizações de lucros, depois oscilou entre altas e baixas, puxadas por perdas da Vale e ganhos da Petrobras

Bovespa: "Hoje foi dia de recuperar o fôlego depois da alta de quase 4% de ontem" (Marcos Issa/Bloomberg)

Bovespa: "Hoje foi dia de recuperar o fôlego depois da alta de quase 4% de ontem" (Marcos Issa/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2017 às 19h07.

Última atualização em 4 de janeiro de 2017 às 22h20.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista fechou em leve queda nesta quarta-feira, depois de subir quase 4 por cento na véspera, tendo as ações da mineradora Vale e das exportadoras de papel e celulose entre os destaques de baixa, enquanto Usiminas liderou a ponta positiva.

O Ibovespa encerrou em queda de 0,36 por cento, a 61.589 pontos, após oscilar entre queda de 0,8 por cento e alta de 0,2 por cento.

O giro financeiro somou 6,15 bilhões de reais, abaixo da média de 7,4 bilhões de reais apurada em 2016.

"Hoje foi dia de recuperar o fôlego depois da alta de quase 4 por cento de ontem", comentou um analista de mercado.

O Ibovespa começou o dia pressionado por realizações de lucros, depois oscilou entre altas e baixas, puxadas por perdas da Vale e ganhos da Petrobras - e apenas se firmou no campo negativo quando a estatal petroleira devolveu os ganhos da abertura.

Além das blue chips de commodities, a ausência de uma tendência para os papéis de bancos também contribuiu para a volatilidade do mercado acionário brasileiro nesta quarta-feira.

Sem surpresas na tão aguardada ata da reunião de dezembro do Federal Reserve, o banco central norte-americano, o Ibovespa manteve a trajetória de queda nos minutos finais do pregão.

No documento, o Fed disse que quase todos os seus membros avaliaram que as políticas de estímulo fiscal prometidas pelo presidente eleito Donald Trump aumentam o risco de inflação e muitos veem espaço para aumento mais rápido das taxas de juros.

Destaques

- USIMINAS PN Afechou em alta de 6,06 por cento, melhor desempenho do Ibovespa, após a siderúrgica comunicar a distribuidores novo aumento de 8 a 10 por cento nos preços de aços planos, válido a partir de 5ª-feira, segundo uma fonte do mercado e um analista do Bradesco. CSN e ArcelorMittal também comunicaram reajustes a partir de 1º de janeiro e 10 de janeiro. Mas CSN ONfechou na contramão da rival mineira, com baixa de 0,96 por cento. Ainda no setor, GERDAU PN cedeu 1,17 por cento e METALÚRGICA GERDAU PN subiu 1,02 por cento.

- KLABIN UNIT encerrou com perda de 3,71 por cento, pior desempenho do índice, devido à desvalorização do dólar ante o real, o que torna os produtos brasileiros menos atraentes no exterior. SUZANO PNAcaiu 2,57 por cento, seguida por FIBRIA ON , com baixa de 2,40 por cento. Fora do setor de papel e celulose, outras exportadoras também sucumbiram ao câmbio, incluindo a BRF ON, com declínio de 1,19 por cento.

- VALE PNA fechou em queda de 1,91 por cento, e VALE ONcedeu 1,8 por cento, pressionadas por realizações de lucros e pelas cotações do minério de ferro, que recuaram pelo terceiro dia consecutivo na Bolsa de Dalian, na China. Na véspera, os papéis da mineradora haviam subido 5,5 e 4,4 por cento, respectivamente.

- PETROBRAS PN terminou estável, a 15,50 reais, enquanto PETROBRAS ONcedeu 1,19 por cento. Pela manhã, as ações da estatal avançaram em linha com os preços do petróleo no mercado internacional, mas depois devolveram os ganhos e passaram a operar sem direção. Ainda no radar estava a expectativa de novo reajuste nos preços dos combustíveis. Em relatório, o Credit Suisse vê potencial de alta nas cotações da gasolina no primeiro trimestre.

- CEMIG PN recuou 2,79 por cento, com o segundo pior desempenho do Ibovespa, após a Renova Energia, seu braço de investimentos em geração renovável, informar que não há decisão formal sobre desinvestimentos. Na segunda-feira, a Reuters publicou que a Renova negocia a venda de um parque eólico na Bahia. As units da RENOVA , que não fazem parte do índice, caíram 2,19 por cento. Também pesou sobre as ações da elétrica mineira a recomendação de venda atribuída pelo Goldman Sachs, que cortou o preço-alvo do papel para 7 reais ante 8,50 reais. O relatório do banco ainda influenciou as ações de outras elétricas nesta quarta-feira.

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