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Bovespa cai 0,72% e perde os 71 mil pontos

Na contramão de NY e da Europa, bolsa recua, pressionada pela volatilidade decorrente do vencimento de opções na segunda-feira

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operou mais uma vez na contramão de Wall Street, pressionada pela volatilidade decorrente do vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira, pela perspectiva da alta da taxa de juros no Brasil e por uma realização de lucros. Petrobras e Vale tiveram giro bastante elevados e engordaram o movimento financeiro geral, que foi o maior de abril - desconsiderando-se o de ontem, quando houve exercício de opções sobre Ibovespa.

O índice Bovespa caiu 0,72%, aos 70.524,35 pontos. Na mínima, registrou 70.429 pontos (-0,85%) e, na máxima, os 71.066 pontos (+0,04%). No mês, a Bolsa acumula alta de 0,22% e, no ano, de 2,82%. O giro financeiro totalizou R$ 8,582 bilhões, dos quais R$ 2,059 bilhões referem-se apenas à negociação com Vale PNA e R$ 1,474 bilhão à Petrobras PN. Um operador explicou que esse volume forte nas blue chips mais líquidas decorreu de operações casadas de papel com opções e vice-versa, por conta justamente do vencimento de segunda. Os dados são preliminares.

Pela manhã, a Bovespa acompanhou o sinal negativo vindo de fora, com a volta de temores em relação à Grécia e dados ruins de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA, além de uma realização de lucros no mercado acionário de lá depois de os índices renovarem as máximas do ano nas últimas sessões. No início da tarde, entretanto, Wall Street passou a subir, num movimento que não foi acompanhado pelo Ibovespa.

Na avaliação do gestor da Yield Capital Hersz Ferman, o recuo da Bovespa decorreu de uma aversão a risco em relação a Bolsas emergentes, como China e Brasil, com o temor de uma alta de juros iminente. A China divulgou hoje uma série de indicadores que mostraram a robustez da sua economia. E, embora os dados de inflação tenham mostrado que os preços estão sob controle, os investidores estão preocupados com um aperto monetário no país.

Nos EUA, os indicadores hoje tiveram trajetórias divergentes. Logo cedo, não agradaram os números de pedidos de auxílio-desemprego e a produção industrial, mas outros compensaram e as Bolsas subiram. O Dow Jones terminou em alta de 0,19%, aos 11.144,57 pontos. O S&P avançou 0,08%, aos 1.211,67 pontos, e o Nasdaq ganhou 0,43%, aos 2.515,69 pontos.

No Brasil, Vale e Petrobras roubaram a cena, com volumes robustos. Os papéis continuam reagindo, respectivamente, ao reajuste do minério de ferro e ao imbróglio sobre a capitalização por causa do petróleo do pré-sal. Petrobras ON caiu 1,76% e PN, 1,90%. Na Nymex, o contrato para maio recuou 0,38%, para US$ 85,51. Vale ON recuou 0,12% e PNA subiu 0,57%.

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