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Bovespa busca recuperação, mas exterior limita ganhos

Ajuda o fato de pesquisa eleitoral não ter confirmado os rumores de que Dilma apareceria na liderança no segundo turno


	Bovespa: as ações da Petrobras subiam ao redor de 2% na abertura
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Bovespa: as ações da Petrobras subiam ao redor de 2% na abertura (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2014 às 11h43.

São Paulo - A Bovespa começou a quinta-feira em alta, descolada do exterior, para tentar se recuperar de perdas dos últimos seis pregões. Ajuda nesse processo o fato de a pesquisa do Datafolha, que saiu na quarta-feira, 10, à noite, não ter confirmado os rumores de que Dilma Rousseff (PT) apareceria na liderança no segundo turno da disputa, embora a presidente e Marina Silva (PSB) estejam tecnicamente empatadas e a distância entre as duas tenha diminuído de sete para quatro pontos.

As ações da Petrobras subiam ao redor de 2% na abertura. Esse fôlego, porém, pode ser testado com especulações em torno da pesquisa Ibope que é esperada para hoje, além do ingrediente adicional de volatilidade que é o vencimento de opções sobre ações de segunda-feira.

No exterior, o discurso duro do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra o Estado Islâmico ontem, um dia antes do 13º aniversário dos atentos de 11 de setembro, traz cautela maior aos negócios e já traz repercussões entre líderes de outros países. Antes da abertura em Nova York, no entanto, a Bovespa começou a perder força.

A Rússia alertou que os ataques dos EUA a grupos islâmicos na Síria violariam a lei internacional. Com isso, os juros dos Treasuries atingiram as mínimas e o dólar perdeu força ante o iene após informações de que a Rússia alertou os EUA contra ataques a grupos islâmicos na Síria e afirmou que tais ataques violariam a lei internacional. Autoridades sírias e iranianas também criticaram Obama.

Às 10h32, o Ibovespa subia 0,14%, aos 58.279,63 pontos. As ações da Petrobras subiam 0,76% (PN) e 0,90% (ON). Em Nova York, o Dow Jones cedia 0,44%, o Nasdaq tinha queda de 0,37% e o S&P 500 cedia 0,37%.

Na simulação para o dia 5 de outubro, a candidata à reeleição oscilou de 35% no levantamento anterior para 36% das intenções de voto agora, enquanto a ex-senadora Marina Silva (PSB) oscilou em baixa, passando de 34% para 33%. Aécio Neves (PSDB) soma 15%.

No cenário para a segunda volta do pleito, a oscilação negativa de Marina, de 48% para 47%, e a variação positiva de Dilma, de 41% para 43%, levam a um novo empate técnico, mas com vantagem numérica para a candidata do PSB. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais.

Nos EUA, os pedidos de auxílio-desemprego norte-americano subiram para 315 mil, acima da previsão de 300 mil, enquanto os pedidos de auxílio-desemprego da semana anterior foram revisados para 304 mil, de 302 mil anteriormente.

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