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Bovespa: ações de construtoras lideram quedas

Setor elétrico, tido como mais defensivo, tem ligeira alta

Pregão eletrônico da Bovespa: às 12h36, MRV liderava as perdas, caindo 4,14% (Germano Luders/EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 13h51.

São Paulo - A Bovespa abriu em forte baixa hoje, acompanhando o mau humor externo. Além dos problemas fiscais em países da Europa e da condução da política monetária na China, preocupa os mercados o aumento da tensão entre Coreia do Norte e Coreia do Sul, o que, segundo analistas, reforçou os temores dos investidores.

Praticamente todos os papéis que compõem o Ibovespa abriram o pregão em baixa, mas aos poucos algumas ações conseguiram fôlego para retomar o território positivo, como as de companhias elétricas. Já as construtoras, que costumam apresentar volatilidade maior e são pressionadas em momentos de tensão, lideravam as quedas.

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Às 12h36, o Ibovespa registrava queda de 1,64%, aos 68.492 pontos, na mínima do dia. O giro era de R$ 1,30 bilhão, com previsão de R$ 5,96 bilhões para o encerramento. No mesmo momento, Dow Jones perdia 1,04%, enquanto o S&P 500 cedia 1,17%.

MRV liderava as baixas do Ibovespa, com perdas de 4,14%, seguida por PDG ON (-3,85%); Brookfield ON (-3,63%). Fora do ranking, Cyrela perdia 1,23%; Gafisa recuava 1,77% e Rossi cedia 1,76%. De acordo com analistas, pesa sobre os papéis o cenário de aumento de inflação e projeções para o aumento dos juros no País, o que tende a inibir o consumo.

Hoje o IBGE informou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - 15 (IPCA-15) ficou em 0,86% em novembro, ante 0,62% em outubro. O resultado ficou acima das expectativas do mercado. No ano o IPCA-15 acumula alta de 5,07%, menor do que a vista no mesmo período de 2008 (5,80%), porém maior do que a vista nos primeiros 11 meses de 2009 (3,79%).

"O aumento da inflação do IPCA-15 em novembro acompanha o de diversos outros índices de inflação nas últimas semanas", informou o Banco Fator, em nota, na qual destacou que, apesar de o aumento se concentrar no grupo Alimentação, com fortes choques de oferta nacionais e internacionais, também aparece em outros grupos, como Bens Industriais e Serviços.

Também figuravam entre as maiores baixas MMX ON (-2,91%); ALL ON (-2,33%); Braskem PNA (-2,31%); Pão de Açúcar PNA (-2,23%) e Duratex ON (-2,08%).

Os metais operavam em baixa, diante da aversão ao risco nos mercados internacionais provocada pelos conflitos nas Coreias e as expectativas em torno de novas medidas de aperto monetário na China.

Vale acompanhava a queda, com perdas de 1,20% na ação PNA e de 1,18% na ON. Dentre as siderúrgicas, Gerdau PN cedia 2,37%, Metalúrgica Gerdau PN perdia 2,10%; CSN recuava 1,57%; Usiminas PNA registrava queda de 2,27% e Usiminas ON se desvalorizava 1,99%.

Petrobras também apresentava baixa de 1,68% na PN e de 1,34% na ON, enquanto o barril do petróleo recuava 1,03% na Nymex eletrônica, cotado aos US$ 80,92. A petroleira do empresário Eike Batista, a OGX, também registrava perdas, de 1,41%.

Apenas sete papéis permaneciam em território positivo há pouco, dentre os quais ações consideradas mais defensivas. CPFL ON liderava as altas com ganhos de apenas 0,70%, seguido por Sabesp ON (+0,66%); Cesp PNB (+0,45%); Souza Cruz ON (+0,38%); Brasil Foods ON (+0,33%); Copel PNB (+0,31%); Telesp PN (+0,20%).

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