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Bovespa abre pregão para computar perdas de janeiro

Depois da arrancada da Bovespa no início de 2013, o primeiro mês do ano chega ao fim com os negócios locais amargando perdas de mais de 2,5%

Bovespa: às 10 horas, o Ibovespa subia 0,20%, aos 59.453,55 pontos, na máxima (BM&FBovespa/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - Depois da arrancada da Bovespa no início de 2013, o primeiro mês do ano chega ao fim com os negócios locais amargando perdas de mais de 2,5% e caminhando para o pior janeiro em dois anos, já que o exterior não oferece nenhuma trégua para este último dia do mês.

Essa inversão de sentido da Bolsa brasileira ao longo de janeiro reflete, em parte, a preocupação dos investidores com o ambiente externo, exacerbada após a frustração com a economia dos Estados Unidos ao final de 2012, e também uma fatia significativa do incômodo com a intervenção do governo em diversos setores econômicos. Às 10 horas, o Ibovespa subia 0,20%, aos 59.453,55 pontos, na máxima.

Operadores das mesas de renda variável consultados pela Agência Estado já mostram certo desânimo quanto ao desempenho da Bolsa neste ano, depois de o Ibovespa ter retrocedido aos patamares de dezembro de 2012 na sessão de ontem, novamente abaixo do nível dos 60 mil pontos. Os profissionais lembram que, tradicionalmente, janeiro é um mês de alta dos negócios locais, devido à realocação dos portfólios.

Mas a performance do primeiro mês de 2013 em nada se parece àquela observada em igual mês do ano passado, quando o índice à vista disparou 11,13%, no melhor janeiro desde 2006 e na maior alta mensal desde outubro de 2011.

Ao contrário, este mês caminha para ser o pior desde outubro de 2012 (-3,56%) e o janeiro mais fraco desde 2011 (-3,94%), considerando-se as perdas acumuladas até a quarta-feira 930), de -2,65%.

Para o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, "o que atrapalha a Bolsa é o governo". "A credibilidade está abalada, diante de tantas medidas, de tantas mudanças", avalia, acrescentando que isso só afugenta o investidor, local e estrangeiros, com a sensação de que "a regra do jogo não é clara".


E a mais recente alteração adotada pelo governo brasileiro pode afastar o capital externo da Bolsa, esvaziando as operações com ações. Isso porque foi zerada a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em fundo de investimento imobiliário. A medida entra em vigor a partir de hoje e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Na avaliação do chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, que falou sob a condição de não ser identificado, essa medida pode provocar uma migração de recursos dentro da própria renda fixa - de fundos tradicionais para fundos imobiliários - e tirar a atratividade da Bolsa em termos de rendimento. "A Bolsa já não tem tirado proveito de uma Selic no mínimo histórico e, agora, enfrente outros concorrentes, de uma forma até desleal", diz.

Além desses fatores internos que impelem os negócios locais, o ambiente externo também não está ajudado. Os mercados internacionais iniciam o último dia de janeiro olhando para o retrovisor, ainda sob o efeito da inesperada queda do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no fim de 2012 e das avaliações cautelosas feitas ontem pelo Federal Reserve.

Às 9h40, o futuro do S&P 500 caía 0,09%, antes das divulgações do relatório sobre o custo unitário da mão de obra no quarto trimestre do ano passado, a renda pessoal em dezembro e os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego, todos às 11h30. Também será conhecido hoje o índice de atividade industrial de Chicago (ISM), às 12h45. No fim do dia, a China anuncia, na virada do dia, os índices oficial e do HSBC sobre a atividade industrial em janeiro.

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Essa inversão de sentido da Bolsa brasileira ao longo de janeiro reflete, em parte, a preocupação dos investidores com o ambiente externo, exacerbada após a frustração com a economia dos Estados Unidos ao final de 2012, e também uma fatia significativa do incômodo com a intervenção do governo em diversos setores econômicos. Às 10 horas, o Ibovespa subia 0,20%, aos 59.453,55 pontos, na máxima.

Operadores das mesas de renda variável consultados pela Agência Estado já mostram certo desânimo quanto ao desempenho da Bolsa neste ano, depois de o Ibovespa ter retrocedido aos patamares de dezembro de 2012 na sessão de ontem, novamente abaixo do nível dos 60 mil pontos. Os profissionais lembram que, tradicionalmente, janeiro é um mês de alta dos negócios locais, devido à realocação dos portfólios.

Mas a performance do primeiro mês de 2013 em nada se parece àquela observada em igual mês do ano passado, quando o índice à vista disparou 11,13%, no melhor janeiro desde 2006 e na maior alta mensal desde outubro de 2011.

Ao contrário, este mês caminha para ser o pior desde outubro de 2012 (-3,56%) e o janeiro mais fraco desde 2011 (-3,94%), considerando-se as perdas acumuladas até a quarta-feira 930), de -2,65%.

Para o gerente de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, "o que atrapalha a Bolsa é o governo". "A credibilidade está abalada, diante de tantas medidas, de tantas mudanças", avalia, acrescentando que isso só afugenta o investidor, local e estrangeiros, com a sensação de que "a regra do jogo não é clara".


E a mais recente alteração adotada pelo governo brasileiro pode afastar o capital externo da Bolsa, esvaziando as operações com ações. Isso porque foi zerada a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para aplicações em fundo de investimento imobiliário. A medida entra em vigor a partir de hoje e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

Na avaliação do chefe da mesa de renda variável de uma corretora paulista, que falou sob a condição de não ser identificado, essa medida pode provocar uma migração de recursos dentro da própria renda fixa - de fundos tradicionais para fundos imobiliários - e tirar a atratividade da Bolsa em termos de rendimento. "A Bolsa já não tem tirado proveito de uma Selic no mínimo histórico e, agora, enfrente outros concorrentes, de uma forma até desleal", diz.

Além desses fatores internos que impelem os negócios locais, o ambiente externo também não está ajudado. Os mercados internacionais iniciam o último dia de janeiro olhando para o retrovisor, ainda sob o efeito da inesperada queda do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no fim de 2012 e das avaliações cautelosas feitas ontem pelo Federal Reserve.

Às 9h40, o futuro do S&P 500 caía 0,09%, antes das divulgações do relatório sobre o custo unitário da mão de obra no quarto trimestre do ano passado, a renda pessoal em dezembro e os dados semanais de pedidos de auxílio-desemprego, todos às 11h30. Também será conhecido hoje o índice de atividade industrial de Chicago (ISM), às 12h45. No fim do dia, a China anuncia, na virada do dia, os índices oficial e do HSBC sobre a atividade industrial em janeiro.

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