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Bovespa abre em queda, na quinta semana seguida de perdas

Se os negócios locais conseguirem avançar em torno de 1%, a sequência de quatro semanas consecutivas de perdas será interrompida

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2012 às 10h34.

São Paulo - A volatilidade segue explícita na Bovespa, mas a ausência de notícias relevantes e a proximidade do feriado nos Estados Unidos podem deixar o pregão desta sexta-feira mais morno. Se os negócios locais conseguirem avançar em torno de 1%, a sequência de quatro semanas consecutivas de perdas será interrompida. Do contrário, a Bolsa continuará castigada pelo ambiente internacional e pela fuga de capital externo por causa do dissabor com o Brasil. Por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 0,40%, já abaixo dos 54 mil pontos, aos 53.847 pontos, na pontuação mínima da sessão.

O gestor de renda variável de uma asset, que prefere não se identificar, ressalta que não tem por que os mercados financeiros ficarem otimistas. "A questão da Grécia é de difícil solução. E qualquer desfecho para o país é complicado", avalia, acrescentando que esse é o principal fator que traz volatilidade aos negócios com risco no curto prazo. "EUA e China, por enquanto, estão calmos", completa.

Porém, o profissional pondera que, se o ambiente internacional não ajuda, "internamente as coisas também não vão bem". "A mão pesada do governo em alguns setores, dados fracos sobre a economia brasileira e a fuga de capital externo mostram que o País está perdendo apelo, principalmente para os 'gringos'", comenta.

Dessa forma, ele avalia que o vaivém do mercado acionário doméstico, que imperou ao longo da semana, deve ser repetido nesta sexta-feira. "Mas há uma tendência mais clara de queda e não há consistência em nenhuma tentativa de recuperação", diz, lembrando-se da tônica que ditou os quatro pregões da Bolsa entre a última segunda-feira e a quinta-feira. No período, o Ibovespa acumula uma ligeira baixa de 0,83%. Se anular essas perdas, pode, ao menos, encerrar a semana de lado, depois de cair mais de 12% em um mês.

Mas o exterior não está muito favorável às compras, ainda que técnicas. No horário acima, o futuro do S&P 500 caía 0,26%, à espera da leitura final de maio do índice de sentimento do consumidor nos EUA. O dado sai às 10h55 e a previsão é de confirmação da leitura preliminar, a 77,8. Ao longo do dia, porém, os mercados norte-americanos podem perder tração, uma vez que na segunda-feira permanecerão fechados, por causa do feriado do Memorial Day.

Já na Europa, a confiança dos consumidores francês e alemão surpreendeu positivamente. Na França, o sentimento contrariou a previsão de queda e subiu a 90 em maio, alcançando um nível que não era visto desde novembro de 2010. Na Alemanha, por sua vez, o sentimento em junho confirmou a leitura revisada do índice em maio.

Mas as principais bolsas do Velho Continente seguem desconfiadas devido aos problemas econômicos na Grécia e na Espanha. Notícias de que o Bankia deve pedir mais 15 bilhões de euros ao governo espanhol para restaurar sua saúde financeira e de que o partido radical grego Syriza lidera a corrida eleitoral na Grécia abalam os negócios. Ainda no mesmo horário, a Bolsa de Paris caía 0,66%, Frankfurt recuava 0,45% e a de Madri cedia 1,00%.

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