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Bovespa abre em queda em linha com mercado externo

No Brasil, as atenções se voltam para as ações de empresas ligadas ao consumo interno, após a decisão do governo federal de retirar parte do IPI para eletrodomésticos


	Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 47.435,24 pontos
 (REUTERS/Nacho Doce)

Bovespa: por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 47.435,24 pontos (REUTERS/Nacho Doce)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2013 às 10h58.

São Paulo - Após acumular três altas consecutivas, a Bovespa começa a mostrar os primeiros sinais de cansaço e tende a acompanhar a lateralidade que prevalece nos mercados internacionais nesta sexta-feira, 28.

Porém, um ligeiro viés de baixa deve predominar, ao menos na abertura dos negócios domésticos, com os investidores aproveitando para embolsar parte dos ganhos recentes.

Aliás, a direção para o dia vai depender do comportamento do fluxo de recursos nas ações brasileiras neste último dia para ajuste nos portfólios. Por volta das 10h05, o Ibovespa caía 0,37%, aos 47.435,24 pontos.

Profissionais consultados pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não se assustam com essa queda sinalizada pela Bolsa e afirmam que o dia deve ser marcado por uma volatilidade mais elevada, principalmente nas horas finais da sessão, por causa da reta final de período.

"Como hoje é fechamento de mês, de trimestre e de semestre, as correções técnicas tendem a ser mais acentuadas", comenta um operador. Ele lembra que as recentes quedas da Bolsa têm sido acompanhadas por um volume financeiro forte, ao passo que nas altas o "giro perde vigor". "E é esse fluxo que vai determinar o rumo do mercado", completa.

O gerente da mesa de renda variável da Fator Corretora, Frederico Lukaisus, acredita que podem surgir algumas "defesas" nesta sexta-feira, com os agentes financeiros preservando suas cotas a fim de garantir um desempenho não tão negativo em junho e no acumulado de 2013.


"Hoje o dia está mais para perfumaria, para começar a segunda-feira com outra visão", diz, apesar de antever um período de estabilidade (flat) da Bolsa nos próximos seis meses deste ano. "Uma recuperação consistente da Bolsa só com uma melhora conjuntural aqui e lá fora", acrescenta.

Por enquanto, os mercados internacionais também operam na linha d'água, após uma rodada mista de indicadores econômicos na zona do euro e antes da divulgação do índice ISM de Chicago sobre a atividade industrial em junho (10h45) e da leitura final do índice de sentimento do consumidor (11h), medido pela Universidade de Michigan. Por volta das 10h05, em Wall Street, o futuro do S&P 500 oscilava em baixa de 0,17%.

No Brasil, as atenções se voltam para as ações de empresas ligadas ao consumo interno, após a decisão do governo federal de retirar parte do benefício do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca e móveis.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem uma alta menor nas alíquotas do imposto, que volta a vigorar na próxima segunda-feira, a fim de evitar uma alta nos preços dos produtos.

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