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Bovespa abre em queda e pode amargar perdas na semana

Ao que tudo indica, os preços dos ativos de risco buscam uma acomodação, depois da arrancada na virada do ano, em meio a um ambiente global de espera

Bovespa: por volta das 10h05 desta sexta-feira, o Ibovespa caía 0,30%, aos 61.492,14 pontos, na mínima (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2013 às 09h33.

São Paulo - A primeira semana completa de negócios neste ano na Bovespa caminha para encerrar em sentido contrário dos primeiros dias de 2013. Ao que tudo indica, os preços dos ativos de risco buscam uma acomodação, depois da arrancada na virada do ano, em meio a um ambiente global de espera.

A agenda econômica do dia mais fraca no exterior e o cenário de inflação doméstica acelerada combinada com atividade em ritmo lento toldam movimentos mais claros entre os investidores, garantido intenso vaivém.

Por volta das 10h05 desta sexta-feira, o Ibovespa caía 0,30%, aos 61.492,14 pontos, na mínima.

O economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, lembra que a Bolsa saiu dos 58 mil pontos, no início de dezembro de 2012, para além dos 63 mil pontos, neste começo de mês, em boa parte, devido à realocação do capital externo.

É válido lembrar que a última vez em que houve saída de ingressos estrangeiros na Bolsa foi no dia 7 do mês passado e, mesmo assim, de pouco mais de R$ 3 milhões. "Houve uma reciclagem desses recursos, típica desses períodos", comenta.

Para Bandeira, a tendência, agora, é de maior volatilidade, com operações de curto prazo, conhecidas no mercado financeiro como "operações de trincheira". "O investidor aparece, dá um tiro, e volta a buscar proteção", explica.

Tanto é que, apesar de os investidores não residentes terem injetado R$ 2 bilhões no mercado acionário à vista até a última terça-feira, no mercado futuro, esses mesmos investidores estão apostando na queda do Ibovespa com mais de 50 mil contratos em aberto.


Internamente, começam a se avolumar as preocupações entre os investidores quanto à resistência da inflação em alta, ao mesmo tempo em que a atividade econômica continua capengando. Hoje, a presidente Dilma Rousseff reúne-se, pelo segundo dia consecutivo, com empresários brasileiros, a fim de saber o que pode ser feito para destravar o País e promover o crescimento.

Ela recebe, às 10 horas, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, e, à tarde, o presidente do Grupo Lafarge, Bruno Lafort. Na quinta-feira, a presidente recebeu executivos da Odebrecht, da Cosan e da Vale.

Já no exterior, a expectativa é de que a temporada norte-americana de balanços ganhe intensidade a partir da próxima semana. Logo mais, o Wells Fargo divulga o resultado trimestral, abrindo a lista entre os bancos a publicarem seus demonstrativos financeiros nesta atual safra.

Mas as atenções seguem mesmo voltadas para Washington, onde republicanos e democratas devem retomar, o quanto antes, as questões que ficaram pendentes após a costura do acordo que evitou que os Estados Unidos caíssem no abismo fiscal.


No horário acima, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,05%, à espera da divulgação do índice de preços das importações e do saldo comercial, ambos às 11h30, e também do resultado das contas do governo (17h).

Os mercados internacionais não se animam com o pacote japonês de estímulo a economia, diante de dados que mostraram aceleração da inflação na China e levantaram dúvidas quanto à condução da política monetária no gigante emergente.

Enquanto o Japão anunciou um pacote de 10,3 trilhões de ienes (US$ 115,7 bilhões) para apoiar a estagnada economia e combater a deflação, o índice de preços ao consumidor chinês alcançou a maior alta em sete meses, pressionado pelos custos com alimentação.

Logo após a divulgação do dado, o Banco Central chinês (PBoC) disse que continuará a implementar uma série de reformas longamente esperadas no sistema financeiro do país neste ano, embora tenha fornecido poucos detalhes específicos.

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São Paulo - A primeira semana completa de negócios neste ano na Bovespa caminha para encerrar em sentido contrário dos primeiros dias de 2013. Ao que tudo indica, os preços dos ativos de risco buscam uma acomodação, depois da arrancada na virada do ano, em meio a um ambiente global de espera.

A agenda econômica do dia mais fraca no exterior e o cenário de inflação doméstica acelerada combinada com atividade em ritmo lento toldam movimentos mais claros entre os investidores, garantido intenso vaivém.

Por volta das 10h05 desta sexta-feira, o Ibovespa caía 0,30%, aos 61.492,14 pontos, na mínima.

O economista da Órama Investimentos, Álvaro Bandeira, lembra que a Bolsa saiu dos 58 mil pontos, no início de dezembro de 2012, para além dos 63 mil pontos, neste começo de mês, em boa parte, devido à realocação do capital externo.

É válido lembrar que a última vez em que houve saída de ingressos estrangeiros na Bolsa foi no dia 7 do mês passado e, mesmo assim, de pouco mais de R$ 3 milhões. "Houve uma reciclagem desses recursos, típica desses períodos", comenta.

Para Bandeira, a tendência, agora, é de maior volatilidade, com operações de curto prazo, conhecidas no mercado financeiro como "operações de trincheira". "O investidor aparece, dá um tiro, e volta a buscar proteção", explica.

Tanto é que, apesar de os investidores não residentes terem injetado R$ 2 bilhões no mercado acionário à vista até a última terça-feira, no mercado futuro, esses mesmos investidores estão apostando na queda do Ibovespa com mais de 50 mil contratos em aberto.


Internamente, começam a se avolumar as preocupações entre os investidores quanto à resistência da inflação em alta, ao mesmo tempo em que a atividade econômica continua capengando. Hoje, a presidente Dilma Rousseff reúne-se, pelo segundo dia consecutivo, com empresários brasileiros, a fim de saber o que pode ser feito para destravar o País e promover o crescimento.

Ela recebe, às 10 horas, o presidente do Bradesco, Luiz Trabuco, e, à tarde, o presidente do Grupo Lafarge, Bruno Lafort. Na quinta-feira, a presidente recebeu executivos da Odebrecht, da Cosan e da Vale.

Já no exterior, a expectativa é de que a temporada norte-americana de balanços ganhe intensidade a partir da próxima semana. Logo mais, o Wells Fargo divulga o resultado trimestral, abrindo a lista entre os bancos a publicarem seus demonstrativos financeiros nesta atual safra.

Mas as atenções seguem mesmo voltadas para Washington, onde republicanos e democratas devem retomar, o quanto antes, as questões que ficaram pendentes após a costura do acordo que evitou que os Estados Unidos caíssem no abismo fiscal.


No horário acima, o futuro do S&P 500 tinha leve baixa de 0,05%, à espera da divulgação do índice de preços das importações e do saldo comercial, ambos às 11h30, e também do resultado das contas do governo (17h).

Os mercados internacionais não se animam com o pacote japonês de estímulo a economia, diante de dados que mostraram aceleração da inflação na China e levantaram dúvidas quanto à condução da política monetária no gigante emergente.

Enquanto o Japão anunciou um pacote de 10,3 trilhões de ienes (US$ 115,7 bilhões) para apoiar a estagnada economia e combater a deflação, o índice de preços ao consumidor chinês alcançou a maior alta em sete meses, pressionado pelos custos com alimentação.

Logo após a divulgação do dado, o Banco Central chinês (PBoC) disse que continuará a implementar uma série de reformas longamente esperadas no sistema financeiro do país neste ano, embora tenha fornecido poucos detalhes específicos.

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