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Bovespa abre em baixa sob expectativa de payroll nos EUA

Enquanto aguardam o dado, os investidores reagem ao rebaixamento do rating da França


	Sede da Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 0,21%, aos 52.627,65 pontos
 (Yasuyoshi/AFP Photo)

Sede da Bovespa: por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 0,21%, aos 52.627,65 pontos (Yasuyoshi/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 10h14.

São Paulo - A Bovespa iniciou os negócios desta sexta-feira, 8, ainda de forma instável e com ligeiro viés de baixa, na expectativa pelo relatório oficial do mercado de trabalho nos Estados Unidos.

O documento deve fornecer pistas sobre a condução da política monetária norte-americana, mas enquanto aguardam o dado os investidores reagem ao rebaixamento do rating da França pela Standard & Poor's (S&P) e também aos números da balança comercial chinesa. Por volta das 10 horas, o Ibovespa caía 0,21%, aos 52.627,65 pontos.

O economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos Neto, observa que o foco dos mercados financeiros está voltado para os Estados Unidos hoje e, mais especificamente, aos números sobre o emprego no país em outubro.

O documento será divulgado às 11h30, e a previsão aponta para criação de 140 mil postos de trabalho. Para a taxa de desemprego, que sai no mesmo horário, a expectativa é de 7,4% (7,2% em agosto). Também às 11h30, serão conhecidos a renda pessoal e os gastos com consumo em setembro.

Por ora, os índices futuros das Bolsa de Nova York operam com ganhos, tentando recuperar parte das perdas da véspera. Ainda na agenda econômica norte-americana, o índice de sentimento do consumidor (preliminar de novembro), medido pela Universidade de Michigan, será conhecido, às 12h55. Também merece destaque o discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, às 18h30.

Mas a tentativa de melhora dos mercados financeiros nesta manhã é prejudicada pelo rebaixamento em um degrau do rating soberano da França pela S&P, de AA+ para AA. Já no Brasil, a Bolsa deve reagir aos bons dados do comércio exterior da China.


O superávit comercial chinês subiu para US$ 31,1 bilhões em outubro, de US$ 15,2 bilhões em setembro, ficando acima da previsão de saldo positivo em US$ 23,9 bilhões.

As exportações avançaram 5,6% em relação a outubro do ano passado, ante queda de 0,3% no mês anterior, na mesma base de comparação, enquanto as importações cresceram 7,6% no mesmo período, de 7,4% antes. As estimativas eram de altas de 1,5% e de 7,4%, respectivamente. Contudo, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 1,1%.

Para o economista da Tendências Consultoria, os números da balança comercial chinesa em outubro foram positivos, ao apontarem crescimento mais elevado de exportações e importações.

"As taxas de expansão em termos anuais superaram as expectativas, e sugerem um bom andamento da demanda agregada (interna e externa)", diz, acrescentando que os ativos de risco ligados às commodities podem reagir em alta.

Ainda assim, os investidores seguem atentos ao comportamento da inflação do país, o que aumenta a expectativa em torno do anúncio dos índices de preços ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI), previsto para a noite de hoje.

É válido ressaltar que a terceira plenária do Partido Comunista começa neste sábado, 9, e deve se estender até o dia 12. É esperado o anúncio de reformas macroeconômicas pela liderança chinesa. Em meio à essa espera, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 1,1% hoje.

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