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Bovespa abre em baixa pressionada por OGX e exterior

Um eventual calote da dívida da petroleira assusta os investidores


	Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,05%, aos 53.756,81 pontos
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: às 10h05, o Ibovespa caía 0,05%, aos 53.756,81 pontos (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 10h51.

São Paulo - A Bovespa deve seguir dividida entre as incertezas dos mercados internacionais quanto aos rumos das políticas monetária e fiscal nos Estados Unidos e os efeitos de um eventual calote da dívida da OGX.

Apesar de terem encerrado ontem abaixo do nível dos 54 mil pontos, pela primeira vez em mais de uma semana, os negócios locais não devem comprometer a performance positiva conquistada em setembro. Ainda assim, os ajustes tendem a continuar. Às 10h05, o Ibovespa caía 0,05%, aos 53.756,81 pontos.

Operadores avaliam que a Bolsa deve seguir pressionada por fatores internos e externos, o que pode levar os investidores a colocarem um pouco mais dos ganhos acumulados ao longo de setembro no bolso. "A Bolsa ainda deve fechar o mês bem e não devem haver muitos esforços para embelezar as carteiras", comenta um profissional.

Ele se refere aos ganhos de 7,54% registrados em setembro até ontem, com o Ibovespa caminhando para o melhor desempenho mensal desde janeiro de 2012.

Além disso, pode ser o primeiro trimestre positivo do índice à vista neste ano, com uma performance tão robusta quanto à verificada nos três primeiros meses do ano passado, quando subiu 13,67%. Até ontem, a valorização acumulada desde julho estava em 13,33%.

Diante disso, há chances de a Bolsa "entregar mais um pouco" antes do fim do mês, principalmente diante das incertezas dos investidores quanto ao futuro da economia norte-americana.

O Congresso dos EUA tem até a próxima segunda-feira para aprovar o orçamento fiscal da administração Obama a partir de outubro, além de avançar nas discussões quanto à elevação do teto da dívida do país, que pode ser alcançado em meados do mês que vem.

Na expectativa por esses assuntos, o futuro do S&P 500 caía 0,41%, também à espera da leitura final de setembro do índice de sentimento do consumidor norte-americano, medido pela Universidade de Michigan.

Há pouco, foi informado que os gastos com consumo subiram 0,3% em agosto, ao passo que a renda pessoal avançou 0,4% no mesmo período, ambos conforme o esperado.

Internamente, a Bolsa pode continuar sendo atingindo pelos receios de que OGX entre em recuperação judicial, ou que seus credores externos entrem com pedido de falência da empresa, o que pode configurar em um fato inédito para uma empresa listada no Ibovespa. Ontem, a ação da petrolífera de Eike Batista desabou mais de 15%, após renovar a cotação mínima histórica durante a sessão.

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