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Bovespa abre em alta, descolada do exterior

Mesmo com sinal negativo que prevalece no exterior, o Ibovespa ensaiava alta de 0,72%

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2012 às 10h50.

São Paulo - Se em uma semana a Bovespa passou dos 60 mil pontos para os 55 mil pontos, os negócios locais dão hoje sinais de que não querem "entregar" tão fácil mais um patamar. A despeito do sinal negativo que prevalece no exterior, o Ibovespa ensaiava alta de 0,72%, aos 56.289,36 pontos, por volta das 10h05, na pontuação máxima, sinalizando uma eventual tentativa de recuperação. Mas os mercados internacionais seguem deprimidos pelo drama grego e estão assustados com a "tática do medo" imposta na zona do euro.

Um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista desconfia do descolamento da Bolsa em relação ao exterior nesta manhã e lembra que o movimento pode ser apenas "um suspiro do morto". "Não há nenhum motivo, nenhuma novidade, para esse descompasso", ressalta. No horário acima, o futuro do S&P 500 tinha leve alta de 0,08%, enquanto as principais bolsas europeias exibiam perdas ao redor de 1%.

O profissional citado acima lembra que apesar de a Bolsa acumular nove quedas em 11 pregões de maio e registrar desvalorização no acumulado do ano, é o fluxo que vai determinar a direção do dia. "Por mais que o mercado esteja sobrevendido e a Bolsa esteja 'barata', se os 'gringos' entrarem batendo, já era", acrescenta.

O dia, ao menos, não inspira muitas compras. Nem mesmo o resultado do leilão de bônus soberanos da Espanha, que vendeu quase o teto da faixa pretendida, mas com yields mais elevados, agradou aos negócios. Os investidores observaram mais a queda de 0,3% do PIB espanhol no trimestre passado, o que configura um retorno do país à recessão, após a queda de iguais 0,3% do PIB ao final de 2011.

A apreensão de que o país ibérico seja engolido pela crise das dívidas soberanas mantém um ambiente de volatilidade. Essa sensação é abastecida pelo risco de ruptura da zona do euro, caso a Grécia decida abandonar a região da moeda única em meio ao vácuo político onde ficou imersa, e acabe estimulando outros países endividados a fazerem o mesmo.

Nos EUA, porém, a agenda econômica é novamente forte e o primeiro dado já anunciado decepcionou um pouco. Os pedidos semanais de auxílio-desemprego ficaram estáveis, contrariando a previsão de queda de mil solicitações. Logo mais, às 11 horas, sai o índice de atividade industrial na região de Filadélfia e, também, o índice dos indicadores antecedentes.

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