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Bovespa abre em alta de olho no pacote de energia

Dependendo do que vier no pacote de Dilma, profissionais do mercado afirmam que as ações do setor podem aprofundar as perdas ou, em sentido contrário, se recuperar

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2012 às 10h48.

São Paulo - À espera dos eventos da Europa e dos Estados Unidos ainda nesta semana, o mercado brasileiro de ações segue atento ao exterior, mas também observa nesta terça-feira o detalhamento do pacote do setor de energia, a ser feito pelo governo nesta manhã. Na segunda-feira (10), os papéis de companhias elétricas ajudaram a segurar o Ibovespa, que fechou o dia em leve alta de 0,14%, após ter registrado ganhos maiores pela manhã. Dependendo do que vier, profissionais do mercado afirmam que as ações do setor podem aprofundar as perdas ou, em sentido contrário, se recuperar. Na abertura, o Ibovespa opera no território positivo.

Às 10h22 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 0,27%, aos 58.559 pontos. O movimento é semelhante ao verificado em Nova York, onde o S&P futuro tinha alta de 0,32% e o Nasdaq futuro avançava 0,34%. Na Europa, com os índices à vista já operando, Londres caía 0,30%, Paris tinha baixa de 0,24% e Madri cedia 0,40%. Frankfurt tinha leve alta de 0,21%.

A cautela dita o tom no exterior nesta manhã, com os investidores aguardando a decisão da Corte alemã sobre o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), na quarta-feira (12), e o fim da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quinta-feira. Isso faz os principais índices de ações oscilarem próximos da estabilidade na Europa e nos EUA, embora o Velho Continente carregue certo viés de baixa e os futuros em Nova York operam no território positivo.

Além de observar o exterior, a Bovespa aguarda o pacote de energia. "Boa parte (dos ajustes) já está no preço (dos papéis do setor de energia). Mas se vier alguma regulamentação muito ruim, as ações voltam a cair", alerta um operador ouvido pela Agência Estado. "Por outro lado, se sair algo indicando que a lucratividade das empresas não vai ser afetada, pode haver alguma recuperação."

Na segunda-feira, os papéis de companhias como Cesp, Cteep, CPFL, Copel e Cemig figuraram entre os destaques de baixa, sendo que no caso da Cesp o recuo foi superior a 7%. Por enquanto, sabe-se que haverá redução no preço da energia para consumidores residenciais (16,2%) e industriais (até 28%). Além disso, as concessionárias devem ser obrigadas a fazer investimentos de R$ 20 bilhões para, em troca, renovar seus contratos por mais 20 anos. Os demais detalhes serão informados nesta terça-feira pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Relatório distribuído a clientes pela Um Investimentos informa que o Ibovespa, se permanecer acima do suporte de 57.320 pontos, tem como primeiro objetivo romper os 59.500 pontos. Na segunda-feira, o indicador chegou a marcar 59.421 pontos, mas não teve fôlego para se sustentar acima dos 59 mil pontos.

Na agenda do dia, os EUA informaram que o déficit comercial do país foi de US$ 42 bilhões em julho, ante a previsão de US$ 44 bilhões do mercado. Ainda nesta terça-feira à tarde, o Instituto Americano do Petróleo (API, na sigla em inglês) divulga os dados dos estoques brutos de petróleo na semana até 7 de setembro.

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