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Bovespa abre em alta com cenário nebuloso na Europa

Bolsa brasileira continua refém do cenário controverso no continente europeu, que está envolvido com dívidas

Bovespa tem leve alta de 0,30% na abertura, aos 56.182,91 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

Bovespa tem leve alta de 0,30% na abertura, aos 56.182,91 pontos (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 10h27.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava com leve alta de 0,30%, aos 56.182,91 pontos, minutos após a abertura, mas continua refém do cenário nebuloso na Europa. A esperança com a reunião de hoje dos ministros de Finanças da zona do euro (Eurogrupo), às 14 horas, dá um pouco de fôlego às bolsas europeias, o que também se reflete no Brasil. Dados dos EUA a serem divulgados no fim da manhã e no início da tarde também estão no radar dos investidores.

À tarde, os ministros de finanças da zona do euro tentarão avançar em direção a um aumento no poder de fogo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês). Há também expectativa de que no encontro seja tomada uma decisão sobre a próxima parcela da ajuda financeira oferecida à Grécia.

A esperança de uma solução - que tem alimentado os mercados há tempos - mais uma vez abre espaço para ganhos moderados lá fora e aqui. Porém, tudo pode mudar. "Se não houver nada de concreto em Bruxelas (na reunião do Eurogrupo), pode haver uma realização de lucros rápida no Brasil, até para digerir a alta de ontem do Ibovespa", afirmou um operador de renda variável.

Dados de vendas de moradias nos Estados Unidos, a serem divulgados às 12 horas (S&P/Case-Shiller) e às 13 horas (FHFA) serão observados com atenção, assim como o índice de confiança do consumidor norte-americano em novembro, a ser divulgado também às 13 horas.

Na Europa, contribui para o clima mais ameno o leilão de bônus da Itália, que captou 7,499 bilhões de euros, de uma quantia pretendida ente 5 e 8 bilhões de euros, em papéis com vencimentos diversos (3, 9 e 10 anos). Porém, o custo foi alto: mais uma vez, as taxas representaram um recorde desde a adoção do euro, todas acima de 7% - o que traz dúvidas sobre se o país conseguirá sair da crise sem a ajuda de seus pares europeus.

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