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Bovespa abre em alta antes de feriado e Copom

A expectativa para decisão do Comitê de Política Monetária, em certa medida, também tende a conter os negócios perto da Páscoa

O Ibovespa subiu 1,27%, aos 66.996 pontos (Nilton Fukuda/AGÊNCIA ESTADO)

O Ibovespa subiu 1,27%, aos 66.996 pontos (Nilton Fukuda/AGÊNCIA ESTADO)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2011 às 10h36.

São Paulo - A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, sob a influência positiva dos mercados internacionais. No entanto, a euforia por aqui pode ser um pouco mais contida em virtude do feriado prolongado no Brasil e da escassez de recursos externos na busca por ações nacionais. A expectativa para decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), em certa medida, também tende a conter os negócios. Às 10h19 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 1,27%, aos 66.996 pontos.

No exterior, os índices futuros das Bolsas de Nova York registravam ganhos de mais de 1% na manhã de hoje, enquanto as principais bolsas europeias exibiam altas acima de 2%. Os mercados são impulsionados pela safra de balanços nos dois lados do Atlântico e por leilões bem-sucedidos de bônus soberanos da Espanha e de Portugal.

Porém, para o diretor da Ativa Corretora, Álvaro Bandeira, os ganhos na Bovespa, ao menos na abertura do pregão, não passam de uma correção técnica das perdas acumuladas ao longo de abril. "Para subir com vigor é preciso ter um volume financeiro crescente e a volta do investidor estrangeiro com mais força", salienta.

Esse otimismo de curto prazo também poderá ser reprimido pela expectativa dos agentes com o anúncio da decisão do Copom sobre a taxa básica de juros. Com o mercado dividido entre um aumento de 0,50 ponto e 0,25 ponto porcentual - as apostas têm migrado de um lado para outro nas últimas horas -, a cautela deve prevalecer.

Bandeira, da Ativa, lembra que o fato de o mercado brasileiro estar fechado a partir de amanhã, quando as praças nos Estados Unidos e na Europa ainda estarão abertas, pode acentuar a busca por proteção entre os investidores, reduzindo a liquidez. "Acho que o (aumento de) 0,50 ponto porcentual (na Selic) já está incorporado (aos preços das ações). O problema maior é aqui (o mercado) ficar parado, enquanto lá fora estará funcionando", conclui.

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