Londres - As bolsas europeias seguem majoritariamente em alta hoje, mas em meio à volatilidade, enquanto os investidores avaliam a perspectiva de prolongadas taxas de juros baixas nos Estados Unidos e a expectativa de fraco crescimento na maior economia do mundo. As preocupações com a zona do euro também continuam presentes entre os investidores.

Ontem o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) anunciou que vai manter as taxas de juros perto de zero "ao menos até 2013", sugerindo que continuará havendo suporte para a debilitada economia norte-americana. O movimento forneceu conforto para os mercados europeus, mas os ganhos iniciais foram aos poucos sendo reduzidos.

Os operadores reavaliaram a decisão do Fed e destacaram o tom pessimista sobre a expansão econômica norte-americana. "O comunicado (do Fed) pinta um quadro sombrio da economia dos EUA, observando que os riscos de baixa para a perspectiva econômica aumentaram e que o crescimento até agora neste ano tem sido consideravelmente menor do que o esperado", comentaram analistas da Dolmen Securities.

Enquanto isso, as ações de bancos da Itália recuam, demonstrando que ainda existem preocupações com uma disseminação da crise de dívida da zona do euro. Às 8h45 (de Brasília), Intesa Sanapolo caía 4,95% e UniCredit cedia 4,03%.

No Reino Unido, a divulgação do relatório trimestral de inflação do banco da Inglaterra (BOE) acentuou os receios sobre crescimento econômico, já que a instituição reduziu suas previsões para a expansão da economia e para a inflação. No entanto, o impacto sobre a Bolsa de Londres foi limitado porque esse comportamento do Banco da Inglaterra (BOE) já era esperado.

De todo modo, o tom geral das bolsas europeias é positivo, com ajuda de notícias corporativas. A seguradora britânica Standard Life, que anunciou alta de 44% no lucro operacional no primeiro semestre deste ano, subia 12,87% em Londres.

O banco alemão Commerzbank avançava 1,06% em Frankfurt, depois que analistas e operadores consideraram o balanço trimestral da empresa forte, apesar da queda de 93% no lucro líquido provocada por baixas contábeis na carteira de dívida soberana da Grécia, que gerou prejuízo de 760 milhões de euros.

Às 8h56, Londres subia 0,81%, Paris avançava 0,09% e Frankfurt ganhava 1,52%, enquanto Milão caía 0,73% e Madri perdia 0,31%. O euro tinha queda para US$ 1,4355, de US$ 1,4373 no fim da tarde de ontem, e o dólar cedia para 76,55 ienes, de 76,96 ienes. As informações são da Dow Jones.