Mercados

Bolsas europeias fecham sem direção única com balanços

Sessão de hoje foi marcada pela cautela que costuma preceder os anúncios de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano)


	Bolsa de Lisboa: na bolsa portuguesa, o PSI 20, das ações mais negociadas em Lisboa, avançou 0,24%, a 7.456,91 pontos
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Bolsa de Lisboa: na bolsa portuguesa, o PSI 20, das ações mais negociadas em Lisboa, avançou 0,24%, a 7.456,91 pontos (Mario Proenca/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 15h43.

São Paulo - As bolsas europeias fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 30, após resultados corporativos mistos e indicadores relevantes da zona do euro e dos EUA.

Além disso, a sessão de hoje foi marcada pela cautela que costuma preceder os anúncios de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). O índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com ligeira baixa de 0,07%, a 337,89 pontos.

Os balanços do BNP Paribas e da GlaxoSmithKline, por exemplo, decepcionaram. Como resultado, o banco francês registrou um tombo de 3,2%, levando o CAC-40, principal índice de ações de Paris, a cair 0,23%, a 4.487,39 pontos. A farmacêutica britânica recuou 2,01%.

A Shell, por outro lado, divulgou lucro ajustado trimestral melhor que o esperado, ainda que menor que o de um ano antes.

Com isso, a petrolífera anglo-holandesa saltou 3,66%, ajudando a Bolsa de Londres a subir 0,15% e levando o índice FTSE 100 a 6.780,03 pontos. Outro destaque no mercado inglês foi a BG, que publica balanço amanhã e cujas ações se valorizaram 1,48%.

Apesar de Paris ter fechado em baixa, a Alstom disparou 9,33% após seu conselho apoiar uma oferta de cerca de US$ 12 bilhões da General Electric pela divisão de energia da multinacional francesa.

Na agenda de indicadores da Europa, o grande destaque foi o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, que teve alta anual de 0,7% em abril.

Embora o número tenha vindo abaixo do aumento esperado de 0,8%, representou uma aceleração em relação ao ganho de 0,5% visto em março e amenizou expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) adote medidas adicionais de estímulos na reunião da próxima semana.

Hoje, a expectativa é para o resultado da reunião do Fed, que anuncia sua decisão às 15h (de Brasília). A previsão é de que o BC dos EUA mantenha o curso atual e reduza suas compras mensais de bônus em mais US$ 10 bilhões, a US$ 45 bilhões.

Antes do Fed, porém, foram divulgados números cruciais da macroeconomia dos EUA. O setor privado do país criou 220 mil empregos em abril, mais do que as 210 mil vagas previstas por analistas.

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, por outro lado, cresceu a uma taxa anual de apenas 0,1% no primeiro trimestre, contrariando a projeção de um acréscimo bem maior, de 1,1%.

Em Frankfurt, o índice DAX mostrou ganho de 0,20%, a 9.603,23 pontos.

A Siemens avançou 0,9% com a notícia de que a empresa está negociando a compra da unidade de energia da Rolls-Royce e pode desistir de fazer uma proposta melhor pelos mesmos ativos da Alstom.

Já a Daimler caiu 1,6%, após anunciar margens menores do se esperava no primeiro trimestre.

Em Madri, o índice IBEX 35 teve queda marginal de 0,02%, a 10.459,00 pontos, enquanto em Milão, o FTSE Mib recuou 0,88%, a 21.783,38 pontos, pressionado por bancos, como Monte dei Paschi (-4%), UniCredit (-1,9%) e UBI (-1,2%).

Na bolsa portuguesa, o PSI 20, das ações mais negociadas em Lisboa, avançou 0,24%, a 7.456,91 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:CACDAXFTSEIndicadores econômicosMercado financeiro

Mais de Mercados

A bolsa da América do Sul que pode ser uma das mais beneficiadas pela IA

Ibovespa fecha em queda com incertezas fiscais no radar; dólar sobe para R$ 5,59

Ações da Volvo sobem 7% enquanto investidores aguardam BCE

Reunião de Lula sobre corte de gastos e decisão de juros na Europa: o que move o mercado

Mais na Exame