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Bolsas europeias fecham em queda

A falta de clareza na política chinesa pressionou as bolsas europeias desde o início do pregão e o movimento foi acelerado pelas questões da Ucrânia


	Bolsa de Londres: o índice FTSE, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 0,46%, aos 6799,15 pontos
 (REUTERS/Paul Hackett)

Bolsa de Londres: o índice FTSE, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 0,46%, aos 6799,15 pontos (REUTERS/Paul Hackett)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2014 às 16h51.

São Paulo - Os mercados de ações da Europa fecharam em baixa nesta quarta-feira, 26, com preocupações sobre a crise política na Ucrânia e incertezas sobre a economia chinesa.

A aversão ao risco decorrente destas questões ofuscou uma melhora na confiança do consumidor da Alemanha. O índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,14%, aos 337,93 pontos.

A crise política na Ucrânia e as repercussões em outros países, como a Rússia, se traduziram em temores de que a região poderá ser alvo de novos conflitos. Nesta quarta-feira, o presidente russo Vladimir Putin ordenou a realização de um teste de prontidão de combate para tropas estacionadas na região que faz fronteira com a Ucrânia.

A medida foi anunciada em meio a crescentes tensões entre os dois países, onde o presidente Viktor Yanukovich, ligado à Rússia, foi deposto no último fim de semana.

Ainda que o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, tenha dito, após as informações iniciais sobre a operação, que os exercícios militares russos não têm relação com a situação política na Ucrânia, a tendência de queda não foi revertida.

Além disso, houve relatos de uma explosão perto do prédio do Parlamento da Crimeia, uma região autônoma da Ucrânia, onde houve nesta quarta-feira confrontos entre manifestantes pró e contra a Rússia.

Outra fonte de preocupação para os mercados internacionais veio da China. A recente desvalorização do yuan chamou a atenção dos investidores e acendeu um sinal de alerta. Nesta quarta, a Administração Estatal de Câmbio da China (Safe, na sigla em inglês) informou em comunicado que os movimentos do yuan nos dois sentidos do mercado se tornarão um padrão e descartou a ameaça de saídas de capital contínuas.

O argumento oficial é de que os recentes movimentos da moeda refletem as mudanças nas estratégias de investimento e que a volatilidade tem sido normal em comparação ao observado em mercados emergentes.

No entanto, a explicação não conseguiu esclarecer as incertezas sobre o futuro da moeda chinesa e muitos analistas acreditam que o movimento é um sinal da reforma no sistema cambial do país.

A falta de clareza na política chinesa pressionou as bolsas europeias desde o início do pregão e o movimento foi acelerado pelas questões da Ucrânia. 

A aversão ao risco ofuscou dados da região. Entre os destaques dos indicadores, o índice GFK de confiança do consumidor da Alemanha para março atingiu o nível mais alto em sete anos, o que sugere que a maior economia da Europa está ganhando força.

Com isso, o índice FTSE, da Bolsa de Londres, fechou em queda de 0,46%, aos 6799,15 pontos. O DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuou 0,39%, para 9661,73 pontos. O CAC-40, da Bolsa de Paris, perdeu 0,40%, para 4396,91 pontos.

O FSTE Mib, da Bolsa de Milão, recuou 0,37%, para 20398,10 pontos. O Ibex-35, da Bolsa de Madri, perdeu 0,18%, para fechar em 10224,30 pontos. O PSI-20, da Bolsa de Lisboa, fechou em baixa de 1,19%, em 7254,24 pontos. Com informações da Dow Jones.

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