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Bolsas europeias fecham em alta acentuada

Londres - Todas as principais bolsas da Europa fecharam o dia em alta acentuada, em meio ao otimismo que se espalhou pelo mercado com a aprovação, durante o fim de semana, de um pacote de 750 bilhões de euros para conter a crise, iniciada na Grécia, que ameaça se expandir para outras nações da periferia […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 12h31.

Londres - Todas as principais bolsas da Europa fecharam o dia em alta acentuada, em meio ao otimismo que se espalhou pelo mercado com a aprovação, durante o fim de semana, de um pacote de 750 bilhões de euros para conter a crise, iniciada na Grécia, que ameaça se expandir para outras nações da periferia da zona do euro.

"Os bancos foram os grandes ganhadores, uma vez que este pacote remove a maior parte do risco de default (calote) de dívidas soberanas", avaliou Anthony Grech, diretor de pesquisa do IG Index. "A decisão também injetou um grau de confiança na economia global como um todo", prosseguiu.

Após ter perdido 8,7% no decorrer da última semana, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 6,9%, aos 253,52 pontos. Este foi o maior avanço porcentual do índice em um dia desde o salto de 7,2% registrado em 29 de outubro de 2008. A variação positiva é a quinta maior da história em termos porcentuais.

Por trás do avanço do Stoxx 600 estão os papéis de alguns dos maiores bancos da Europa. As ações do BNP Paribas subiram 20,9%, as do Credit Agricole avançaram 18,7% e as do Santander valorizaram-se 21,8%. Por sua vez, os papéis do Allied Irish Banks subiram 22,6%, ajudando o índice de setor bancário do Stoxx 600 a fechar em alta de 14% no dia.

Os bancos estão entre os maiores detentores de títulos da dívida de governos e, segundo o Citigroup, a exposição de bancos estrangeiros às dívidas de Grécia, Portugal e Espanha gira em torno de 1,2 trilhão de euros. Outras empresas que apresentarem bom desempenho hoje foram as dos setores de mineração e petróleo, com destaque para a Rio Tinto (alta de 7,7%) e Repsol (avanço de 12%).

"Talvez um pouco tarde, mas de forma surpreendente, a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) produziram uma resposta muito determinada ao problema", comentou Mike Lenhoff, estrategista-chefe da corretora britânica Brewin Dolphin.

Os ministros das Finanças e os presidentes dos bancos centrais da UE acertaram, no fim da noite de ontem, a aplicação de um novo programa de empréstimos. Ao mesmo tempo, o Banco Central Europeu (BCE) confirmou que vai comprar bônus no mercado secundário para garantir a estabilidade. "É um exercício verdadeiro de força e deve ser mais do que suficiente para estabilizar os mercados no curto prazo, impedir a disseminação do pânico e conter os riscos de contágio", disse Marco Annunziata, economista-chefe do UniCredit Group.

Analistas do Credit Suisse comentaram que as medidas do BCE "devem resolver qualquer espécie de problema de liquidez (do setor bancário) no curto prazo".

Todos os principais índices de ações da Europa fecharam em alta acentuada hoje. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE-100 subiu 5,16% e fechou em alta de 5.387,42 pontos. Em Paris, o CAC-40 avançou 9,66%, encerrando a sessão aos 3.720,29 pontos. Já o Dax, da Bolsa de Frankfurt, teve alta de 5,30%, aos 6.017,91 pontos.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 subiu 14,43%, fechando em 10.351,90 pontos. A alta do PSI-20, em Lisboa, foi de 10,73%, encerrando o dia em 7.335,33 pontos. Em Atenas, o índice composto ASE avançou 9,13%, para 1.779,30 pontos. As informações são da Dow Jones.

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