Bolsas de Wall Street fecham ano em queda de até 33%, no pior resultado desde 2008
Índice de tecnologia Nasdaq foi o que mais sofreu ao longo de 2022, ano marcado pela alta nas taxas de juro
Beatriz Quesada
Publicado em 30 de dezembro de 2022 às 18h02.
Última atualização em 30 de dezembro de 2022 às 18h47.
O mercado de ações nos Estados Unidos encerrou o ano de 2022 em queda, amargando seu pior resultado desde a crise de 2008. Os três principais índices de Wall Street fecharam o último pregão do ano no negativo, com quedas perto de 1%.
No acumulado do ano, o mais afetado foi o índice de tecnologia Nasdaq , que caiu 33% em 2022. Na sequência, o S&P 500 amargou queda de quase 20%, enquanto o Dow Jones caiu perto de 9%.
- Dow Jones (EUA): - 8,6%
- S&P 500 (EUA): - 19,2%
- Nasdaq (EUA): - 33%
O ano foi marcado por uma escalada na inflação nos Estados Unidos, potencializada pela guerra na Ucrânia que fez aumentar os preços globais das commodities. O resultado foi uma inflação que chegou ao recorde em julho, quando o nível dos preços chegou ao maior patamar em 40 anos.
O Federal Reserve ( Fed, o banco central americano) respondeu, e subiu a taxa básica de juro do país cinco vezes consecutivas. Em sua última decisão do ano, o Fed elevou a taxa de juro dos EUA em 0,50 ponto percentual (p.p.) para o intervalo entre 4,25% e 4,5% — o nível mais alto desde 2007.
O ajuste marcou a redução do ritmo de alta de juros após o banco central americano ter elevado sua taxa em 0,75 p.p. por quatro vezes seguidas. Ainda assim, investidores seguem preocupados de que a inflação (e consequentemente os juros altos) sejam mais persistentes do que aparentam.
O movimento prejudica o desempenho das empresas e favorece a renda fixa, tirando a atratividade do mercado de ações.
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