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Bolsas de NY encerram em queda por impasse nos EUA

Mesmo com as perdas deste pregão, as Bolsas tiveram uma forte performance nos últimos meses


	Bolsa de Nova York: Enquanto muitos investidores preferiram esperar, outros disseram que não estão vendendo porque esperam que paralisação não dure muito tempo
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: Enquanto muitos investidores preferiram esperar, outros disseram que não estão vendendo porque esperam que paralisação não dure muito tempo (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 17h53.

Nova York - As Bolsas de Nova York fecharam em queda nesta segunda-feira, 30, com o sentimento de aversão ao risco predominando em meio ao impasse orçamentário no Congresso e a perspectiva de paralisação do governo norte-americano a partir de terça.

O índice Dow Jones recuou 128,57 pontos (0,84%), fechando a 15.129,67 pontos. O S&P 500 caiu 10,20 pontos (0,60%), terminando a 1.681,55 pontos. Já o Nasdaq teve queda de 10,11 pontos (0,27%), para 3.771,48 pontos. Mesmo com as perdas deste pregão, as Bolsas tiveram uma forte performance nos últimos meses. O S&P 500 subiu 3% este mês e 4,7% no trimestre.

Com o projeto de financiamento temporário do governo dos EUA novamente nas mãos da Câmara, que ainda não tem uma estratégia para o futuro próximo, tudo indica que o governo norte-americano entrará efetivamente em paralisação a partir de terça-feira, 1. O presidente da Câmara, John Boehner, disse que a Casa vai agir ainda esta noite, mas seus próximos passos são desconhecidos.

"É difícil se afastar de todo o drama de Washington, mas é hora de comprar", afirmou Karyn Cavanaugh, estrategista do ING. Segundo ela, o S&P 500 pode subir para 1.760 pontos no fim do ano, um ganho de 4,7% em relação ao nível atual.

Enquanto muitos investidores preferiram esperar, outros disseram que não estão vendendo porque esperam que a paralisação não dure muito tempo. "Muitas pessoas estão aceitando que o governo provavelmente ficará paralisado, mas que isso não terá um impacto significativo na economia e nos mercados por muito tempo", afirmou Joseph Tanious, estrategista do JPMorgan Funds.

A questão mais preocupante para os mercados é a próxima batalha do Congresso para elevar o teto da dívida. "A esperança é de que, apesar de termos uma paralisação, ela não afete o debate do teto da dívida. Isso seria muito mais sério", disse Tanious.

Com uma semana repleta de indicadores econômicos pela frente, pelo menos nesta sessão ficaram de lado. O índice de atividade das empresas medido pelo Federal Reserve de Dallas subiu para 12,8 em setembro, de 5,0 em agosto, marcando a maior leitura em um ano e meio. Além disso, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial de Chicago, medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), subiu para 55,7 em setembro, de 53 em agosto.

No noticiário corporativo, a Procter & Gamble liderou as perdas do Dow Jones, com queda de 2,1%. As ações de tecnologia foram destaque negativo, com Apple (-1,2%) e Facebook (2%).

As ações da J.C. Penney recuaram 1,8%, após terem perdido 13% na sexta-feira, 27, quando a varejista vendeu 84 milhões de ações, com valor 7,4% abaixo do preço de fechamento da quinta-feira.

Na Europa, os principais mercados acionários encerraram as negociações em baixa, pressionados tanto pelo impasse político nos EUA quanto pela intensificação da crise política na Itália. No fim de semana, o ex-premiê italiano Silvio Berlusconi retirou seu apoio ao governo de Enrico Letta e ordenou a renúncia dos cinco ministros de seu partido, o Povo da Liberdade (PDL).

Três ministros relutaram em entregar os cargos, mas seguiram a determinação do ex-premiê. A Bolsa de Milão (-1,20%) liderou as baixas, seguida por Paris (-1,03%), Lisboa (-0,78%) e Londres (-0,77%). Fonte: Dow Jones Newswires.

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