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Bolsas de NY abrem o dia em alta na véspera de feriado

Por Luciana Xavier Nova York - Com tantos receios no horizonte e na véspera do feriado de Ação de Graças, nos Estados Unidos o investidor deve manter a cautela hoje. Apesar de as incertezas sobre a força da retomada da economia no país, dados sobre pedidos de auxílio-desemprego bem abaixo do esperado ajudam a segurar […]

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2010 às 11h40.

Por Luciana Xavier

Nova York - Com tantos receios no horizonte e na véspera do feriado de Ação de Graças, nos Estados Unidos o investidor deve manter a cautela hoje. Apesar de as incertezas sobre a força da retomada da economia no país, dados sobre pedidos de auxílio-desemprego bem abaixo do esperado ajudam a segurar o humor do investidor. Às 12h36 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,86%, o Nasdaq avançava 1,23% e o S&P-500 registrava alta de 0,91%.

Para o estrategista David Rosenberg, da Glushin Sheff, diante de tantos fatores negativos, especialmente vindos de além-mar, as bolsas em NY não devem ter muito fôlego para mais altas até o fim de 2010. "Ao que parece, daqui para frente o caminho é de declínio, pelo menos até o fim do ano", disse em nota.

O número de pedidos de auxílio-desemprego na semana passada caiu em 34 mil, para 407 mil, o menor nível desde julho de 2008, pouco antes do colapso do Lehman Brothers. A queda foi bem maior do que os 4 mil esperados pelos analistas. Já o núcleo da inflação ao consumidor (PCE) teve alta de 0,9% em outubro em relação a outubro do ano passado. O núcleo ficou estável em relação a setembro. A alta do PCE em outubro foi de 0,2% em relação a setembro e de 1,3% em relação a outubro do ano passado.

No cenário internacional, as atenções estão especialmente voltadas para a tensão entre as Coreias e os problemas de dívida soberana na Irlanda, que comprometem a percepção sobre a saúde financeira da zona do euro. Portugal é apontado como a próxima vítima a ser socorrida. Os temores de inflação na China também continuam sobre a mesa.

Depois do ataque com mísseis da Coreia do Norte à Coreia do Sul ontem, a comunidade internacional se colocou em alerta. Os Estados Unidos e a Coreia do Sul concordaram em realizar manobras militares no próximo domingo na ilha sul-coreana de Yeonpyeong, onde foi o ataque da terça-feira. Na China, segundo informações de um site chinês, o governo deverá mudar o viés da política monetária em 2011 de "apropriadamente flexível" para "prudente" e estabelecer 4% como meta anual para inflação em 2011.

Na Irlanda, o pacote de ajuda financeira da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) ainda está em negociação e deve ser de 85 bilhões de euros. Ontem, a agência Standard & Poor's rebaixou o rating (classificação de risco) soberano de longo prazo da Irlanda de AA- para A, uma redução de duas notas. Em Portugal, visto como o próximo país da zona do euro a precisar de ajuda, depois da Grécia e Irlanda, o governo já anunciou planos de cortar o déficit para 4,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011, dos 7,3% previstos para este ano.

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