Por Luciana Xavier

Nova York - Durou pouco a alegria com a ajuda financeira que a Irlanda concordou em receber da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI). Pesam sobre o humor do investidor temores de que o socorro à Irlanda não baste para reequilibrar a zona do euro e de que Portugal tenha que entrar na fila de emergência, por causa da também frágil saúde de sua dívida soberana. Essa percepção fez com que as Bolsas de Nova York abrissem em baixa. As 12h22 (horário de Brasília), o índice Dow Jones recuava 0,57%, o Nasdaq caía 0,24% e o S&P-500 registrava baixa de 0,48%.

Os detalhes sobre o acordo do FMI e da UE com a Irlanda devem ser revelados esta semana. O montante da ajuda financeira deve girar entre 80 bilhões e 100 bilhões de euros, em troca de um compromisso de austeridade fiscal por parte do governo irlandês. A Irlanda deverá ser a segunda das 16 nações da zona do euro este ano a receber dinheiro da UE e do FMI, depois da Grécia. Além de Portugal, a situação na Espanha também preocupa.

Nos EUA, a agenda não promete fortes emoções esta semana por causa do feriado de Ação de Graças na quinta-feira. Os mercados não abrem na quinta e fecham mais cedo na sexta-feira. Um dos destaques da semana será a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) de novembro, que será divulgada amanhã. A sexta-feira traz ainda a expectativa de aumento de vendas no setor varejista dos Estados Unidos. É a famosa "Black Friday", dia seguinte a quinta-feira do feriado de Ação de Graças, em que as lojas oferecem descontos de até 80% e que dá início à temporada de compras de fim de ano.