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Bolsas da Ásia fecham variadas, preocupadas com China

Tóquio - As bolsas asiáticas fecharam sem tendência definida, pressionadas pela expectativa de uma elevação dos juros na China. Além disso, um relatório da agência de classificação de risco Moody's levantou preocupações acerca do impacto da dívida de governos locais sobre o sistema bancário chinês. Em Hong Kong, a bolsa fechou praticamente estável, uma vez […]

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 07h38.

Tóquio - As bolsas asiáticas fecharam sem tendência definida, pressionadas pela expectativa de uma elevação dos juros na China. Além disso, um relatório da agência de classificação de risco Moody's levantou preocupações acerca do impacto da dívida de governos locais sobre o sistema bancário chinês.

Em Hong Kong, a bolsa fechou praticamente estável, uma vez que ganhos com ações do setor imobiliário foram anulados pelas baixas nos papéis de bancos e seguradoras chineses, em meio às preocupações com a qualidade do crédito bancário e com uma nova alta dos juros na China. Já a Moody's disse que os problemas dos empréstimos dos bancos chineses aos governos provinciais são maiores do que se previa. O índice Hang Seng recuou 0,1% e encerrou aos 22.747,95 pontos.

Na China, o receio de que o banco central possa aumentar os juros nos próximos dias limitou os ganhos das bolsas. O índice Xangai Composto avançou apenas 0,13% e fechou aos 2.816,35 pontos. O índice Shenzhen Composto subiu 0,57% e terminou aos 1.195,83 pontos.

O temor de alta dos juros também ressoou no mercado cambial. O iuane se desvalorizou diante do dólar, apesar de a paridade central ter sido fixada em uma nova mínima histórica. Os "traders" compraram dólares para se antecipar a uma iminente elevação de juros que ameaça desacelerar a economia. No mercado de balcão, o dólar fechou cotado em 6,4676 iuanes, de 6,4629 iuanes do fechamento de segunda-feira. O Banco do Povo da China (PBOC, banco central) fixou a paridade central na mínima histórica de 6,4650 iuanes por dólar, contra 6,4661 iuanes por dólar na segunda-feira.

Em Taiwan, a Bolsa de Taipé fechou em leve alta, impulsionada principalmente pelo ganho em ações de empresas do Grupo Formosa Plastics. O índice Taiwan Weighted avançou 0,11% e terminou aos 8.784,44 pontos.

O índice Kospi da Bolsa de Seul, na Coreia do Sul, fechou em alta pelo quinto pregão consecutivo, ainda sob influência dos dados sobre a atividade industrial dos EUA divulgados na última sexta-feira. O índice avançou 0,8% e encerrou aos 2.161,75 pontos.

Na Austrália, o pregão da Bolsa de Sydney foi marcado pela cautela em relação à possibilidade de elevação dos juros na China e às notícias sobre os problemas dos bancos chineses com as dívidas dos governos provinciais. O índice S&P/ASX 200 recuou 0,3% e fechou aos 4.598,7 pontos.

A Bolsa de Manila, nas Filipinas, encerrou o dia em alta. O índice PSE subiu 0,41% e terminou aos 4.439,61 pontos.

A Bolsa de Cingapura fechou em baixa, com os investidores realizando lucros em meio a mais preocupações quanto a novas medidas de aperto na China. Com os mercados dos EUA fechados, investidores voltaram os olhos aos preços das ações na Europa e Ásia. O índice Straits Times cedeu 0,8% e encerrou aos 3.129,69 pontos.

O índice composto da Bolsa de Jacarta, na Indonésia, caiu 0,7% e fechou aos 3.924,13 pontos, com realizações de lucros em blue chips dos setores relacionados a produtos de consumo e bancário, a despeito de compras por fundos estrangeiros.

O índice SET da Bolsa de Bangcoc, na Tailândia, recuou 0,5% e fechou aos 1.084,59 pontos, uma vez que realizações de lucros encobriram as compras após os ganhos de 4,7% de ontem.

O índice composto de cem blue chips da Bolsa de Kuala Lumpur, na Malásia, ficou estável e fechou aos 1.581,85 pontos, com os investidores de lado devido a ausência de fatores de estímulo e em meio a persistentes preocupações sobre a crise da dívida da Grécia, bem como novas apreensões com a possibilidade de mais medidas de aperto da China. As informações são da Dow Jones

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