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Bolsas chinesas têm forte queda com dúvidas sobre estímulos

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, sofreu hoje um tombo de 3%, a 3.805,70 pontos


	Em relação ao pico registrado em 12 de junho, o Xangai mostra perdas de 26,3%. O Shenzhen Composto e o ChiNext tiveram um desempenho ainda pior
 (AFP/AFP Photo)

Em relação ao pico registrado em 12 de junho, o Xangai mostra perdas de 26,3%. O Shenzhen Composto e o ChiNext tiveram um desempenho ainda pior (AFP/AFP Photo)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2015 às 08h55.

São Paulo - As bolsas da China fecharam em forte baixa nesta quarta-feira, após dados econômicos melhores que o esperado do gigante asiático, incluindo do Produto Interno Bruto (PIB), diminuírem as expectativas de que Pequim adote novas medidas de estímulo.

Hong Kong seguiu a queda no continente, mas outros mercados da Ásia encerraram o dia com ganhos diante de expectativas positivas para a Grécia, enquanto a bolsa australiana foi impulsionada pelos bons indicadores chineses e pela alta verificada ontem nos preços do petróleo.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, sofreu hoje um tombo de 3%, a 3.805,70 pontos, apagando parte dos ganhos do rali de três dias que durou até segunda-feira e durante o qual acumulou valorização de cerca de 13%.

Em relação ao pico registrado em 12 de junho, o Xangai mostra perdas de 26,3%. O Shenzhen Composto e o ChiNext tiveram um desempenho ainda pior, encerrando o pregão com quedas de 4,2% e 5%, respectivamente.

O PIB da China manteve o crescimento anual de 7% no segundo trimestre, um nível que os economistas consideravam ser improvável uma vez que as políticas de incentivo de Pequim para impulsionar a segunda maior economia do mundo ainda não tinham surtido efeito. A previsão era de expansão de 6,8% no período.

A leitura relativamente boa do PIB chinês sugere que o governo tenderá a se mostrar menos disposto a estimular os investimentos, o que, por sua vez, poderá reduzir o interesse por ações blue chip que seriam beneficiadas, como as de bancos estatais e petrolíferas, segundo Zeng Xianzhao, gerente da Nuoding Asset Management.

Dados chineses de produção industrial e vendas no varejo, que foram divulgados juntos com o PIB no fim da noite de ontem, também surpreenderam positivamente.

Além disso, persistem algumas causas da recente onda de liquidação que aniquilou trilhões de dólares em valor de mercado das ações chinesas nas últimas semanas.

"O processo de desalavancagem ainda não terminou", disse Fu Xuejun, estrategista da Huarong Securities. O desmonte de posições de margem alimentou as fortes quedas, visto que os investidores venderam ações para cobrir prejuízos, o que acabou levando a mais perdas.

A liquidez na China também é pressionada pela iniciativa do governo de coibir práticas ilegais de operações de margem, pelas quais os investidores tomam recursos emprestados para comprar ações, de acordo com Jacky Zhang, analista da BOC International.

Diante do forte recuo das chamadas ações do tipo A, que são negociadas tanto em Xangai quanto em Shenzhen, o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,26%, a 25.055,76 pontos.

Em outras partes da Ásia, porém, os mercados fecharam no azul em meio a previsões de que a Grécia conseguirá aprovar hoje em seu Parlamento medidas de austeridade que balizam o acordo de ajuda que Atenas anunciou com seus credores internacionais no começo da semana.

Em Taiwan, o Taiex teve ligeira alta de 0,1%, a 9.054,20 pontos, após uma sessão volátil. Já na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou ganho de 0,66% em Seul, a 2.072,91 pontos.

Na Oceania, a Bolsa de Sydney teve mais um dia de valorização, reagindo à surpresa positiva com os indicadores chineses e ao avanço das cotações do petróleo nos negócios de ontem.

O índice S&P/ASX 200, o principal do mercado australiano, subiu 1,1%, a 5.636,20 pontos, impulsionado por empresas do setor de energia. Com informações da Dow Jones Newswires.

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