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Bolsas chinesas sofrem forte e pressionam outras asiáticas

O Xangai Composto sofreu um tombo de 5,5%, na maior perda porcentual desde 18 de agosto, encerrando a sessão a 3.436,30 pontos


	China: o Xangai Composto sofreu um tombo de 5,5%, na maior perda porcentual desde 18 de agosto, encerrando a sessão a 3.436,30 pontos
 (Reuters/Aly Song)

China: o Xangai Composto sofreu um tombo de 5,5%, na maior perda porcentual desde 18 de agosto, encerrando a sessão a 3.436,30 pontos (Reuters/Aly Song)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 06h13.

São Paulo - As bolsas da China fecharam em forte baixa nesta sexta-feira, após notícias de que duas grandes corretoras locais estão sob investigação por supostas irregularidades e novos indícios do fraco desempenho do setor industrial do país, pressionando outros mercados acionários na Ásia.

O Xangai Composto sofreu um tombo de 5,5%, na maior perda porcentual desde 18 de agosto, encerrando a sessão a 3.436,30 pontos. Com isso, o principal índice acionário chinês reduziu a valorização acumulada neste mês a 1,6%.

Desde a mínima atingida em agosto, contudo, o Xangai ainda mostra ganhos de 14%. O Shenzhen Composto, de menor abrangência, teve queda ainda mais expressiva hoje, de 6,1%, a 2.184,11 pontos.

A Citic Securities, a maior corretora de ações da China, e a Guosen Securities, a terceira maior em ativos, informaram que estão sendo investigadas pelo órgão regulador chinês de valores mobiliários, por terem supostamente violado regras de mercado.

As ações da Citic em Xangai atingiram o limite diário de desvalorização de 10% e, em Hong Kong, chegaram a cair mais de 6%. Já os papéis da Guosen também tocaram o limite de queda de 10% em Shenzhen. A Haitong Securities, outra corretora que também estaria sendo investigada, caiu 3,8% no mercado em Hong Kong.

Desde a forte turbulência que atingiu as bolsas chinesas, em meados do ano, Pequim vem promovendo uma agressiva campanha contra práticas de mercado consideradas "maliciosas", que levaram à prisão de renomados gestores de fundos e de outros investidores.

Um novo indicador da China ajudou a comprometer o apetite por ações na região asiática. Em outubro, o lucro das maiores empresas do setor industrial chinês teve queda anual de 4,6% em outubro, após registrar leve declínio de 0,1% em setembro, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês). O dado reacendeu temores sobre a tendência de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng recuava 1,87%, a 22.068,32 pontos, perto do horário de fechamento. Na bolsa taiwanesa, o Taiex terminou o dia com perda de 1%, a 8.398,40 pontos, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi teve baixa marginal, de 0,08%, a 2.028,00 pontos.

O mau humor na Ásia se espalhou para a Oceania, onde o mercado australiano encerrou os negócios em leve baixa, após apagar ganhos do começo do pregão.

O S&P/ASX 200, que reúne as empresas mais negociadas em Sydney, recuou 0,2%, a 5.202,60 pontos. Na semana, o índice australiano acumulou perdas de 1%.

A BHP Billiton, que continua pressionada desde o rompimento de uma barragem da Samarco em Minas Gerais, no começo do mês, caiu 0,9% hoje e teve desvalorização de 8,4% ao longo da semana. A BHP é sócia da Vale na Samarco. 

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