O índice Xangai Composto, saltou de 2,7%, para 2.317,37 pontos e o índice Shenzhen Composto subiu 2,7%, para 949,82 pontos (AFP/ Str)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2013 às 07h37.
Tóquio - Os mercados de ações da Ásia fecharam em direções divergentes nesta quarta-feira, uma vez que as preocupações sobre o Chipre continuaram a pesar sobre a confiança do investidor.
Ao mesmo tempo, um forte desempenho de bancos e desenvolvedores levou os mercados chineses ao terreno positivo. No Japão, a Bolsa de Tóquio não abriu por causa de um feriado nacional.
A incerteza permaneceu sobre a situação no Chipre, visto que o plano para taxar os depósitos bancários locais não conseguiu ser aprovado no Parlamento do país.
O imposto foi proposto no fim de semana como forma de ajudar a financiar um pacote de socorro para os bancos nacionais.
O plano para o Chipre deixou os investidores nervosos, pois levantou temores de que o polêmico imposto poderia minar a confiança dos poupadores da zona do euro.
Com o imposto agora rejeitado, a forma de resgate do país ainda não está clara, mas temores sobre o risco de contágio diminuíram. O Banco Central Europeu (BCE) disse que dará apoio aos bancos do Chipre.
"A questão de Chipre está longe de terminar", disse Stan Shamu, estrategista de mercado da IG Markets, em Melbourne. "Eu não acho que será uma situação em que o BCE intervirá e não temos de nos preocupar com isso."
O euro subiu um pouco ante o dólar durante a sessão asiática, atingindo US$ 1,2906 em comparação com US$ 1,2883 no final da tarde de terça-feira em Nova York.
Os mercados japoneses estavam fechados por causa de um feriado na quarta-feira. Mas o iene se enfraqueceu levemente contra o dólar - a moeda norte-americana estava em 95,31 ienes no fim da sessão da Ásia, em comparação com 95,16 ienes no fim da tarde em Nova York.
Com o Japão fechado, o próximo catalisador da taxa de câmbio entre o dólar e o iene pode ser a reunião do FOMC do Federal Reserve.
O banco central dos EUA deve anunciar a sua decisão de política monetária no final do dia, o que será examinada em busca de pistas sobre o rumo da política monetária da maior economia do mundo.
As ações na Austrália fecharam em queda, com o índice S&P/ ASX 200 caindo 0,4%, para 4.967,30 pontos, depois de atingir o menor nível em seis semanas a 4.937,50 pontos no início do pregão. As preocupações sobre a Europa continuaram a pesar sobre o mercado australiano.
As mineradoras em Sydney recuaram após o Goldman Sachs reduzir sua previsão para o preço do minério de ferro. A Rio Tinto caiu 2% e BHP Billiton perdeu 2,7%.
O índice Kospi, da Coreia do Sul, recuou 1%, para 1.959,41 e o índice Taiwan Weighted caiu 0,5% para 7.790,03 pontos. Nas Filipinas, o índice PSEi, da Bolsa de Manila, também fechou em terreno negativo, com queda de 0,1%, a 6.419,62 pontos, depois de atingir uma mínima intraday 6.310,37 pontos e uma máxima de 6.471,98 pontos.
Os mercados chineses contrariaram os declínios regionais, subindo antes da divulgação dos dados preliminares da indústria chinesa referente ao mês de março. O índice de gerentes de compra preliminar do setor industrial deve ser publicado nesta quarta-feira à noite.
As ações chinesas terminaram em terreno positivo. O índice Xangai Composto, saltou de 2,7%, para 2.317,37 pontos e o índice Shenzhen Composto subiu 2,7%, para 949,82 pontos. O índice Hang Seng, de Hong Kong, acabou em alta de 1% a 22.256,44 pontos.
Setores que haviam caído recentemente se recuperaram na quarta-feira.
As incorporadoras imobiliárias tiveram bom desempenho, com a Holdings Country Garden saltando 9,4% em Hong Kong depois de uma série de comentários positivos feitos por analistas após a divulgação dos seus resultados anuais de 2012.
Os bancos chineses também avançaram antes do início de sua temporada de balanços, que começa na sexta-feira. A China Construction Bank saltou 2,6% em Hong Kong.
Também em Hong Kong, a Geely Automobile Holdings subiu 5,1% depois de a montadora chinesa anunciar um aumento de 32% em seu lucro líquido em 2012. As informações são da Dow Jones.