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Bolsas asiáticas caem com preocupações sobre petróleo

Na China, as perdas nas bolsas foram relativamente mais moderadas, mas vieram após duas sessões consecutivas de valorização


	China: as perdas nas bolsas foram relativamente mais moderadas, mas vieram após duas sessões consecutivas de valorização
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China: as perdas nas bolsas foram relativamente mais moderadas, mas vieram após duas sessões consecutivas de valorização (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2016 às 08h01.

São Paulo - As bolsas asiáticas tiveram um pregão de fortes perdas nesta quarta-feira, em meio à continuidade da fraqueza do petróleo e preocupações com o crescimento mundial.

O petróleo negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) atingiu várias mínimas em 12 anos desde os negócios da madrugada e, ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu sua projeção de crescimento da economia global para este ano, de 3,6% para 3,4%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng sofreu um tombo de 3,82%, encerrando o dia a 18.886,30 pontos, abaixo de 19 mil pontos pela primeira vez desde julho de 2012.

Os negócios no território semiautônomo também foram influenciados pela desvalorização do dólar de Hong Kong, que hoje atingiu seu menor patamar ante o dólar dos EUA desde 2007, diante da avaliação de que a desaceleração chinesa está prejudicando a economia local.

Influenciado pelo petróleo enfraquecido, o setor de energia em Hong Kong caiu 4,8%, com baixa de 5,1% da PetroChina.

No mercado taiwanês, o Taiex registrou queda de 2%, a 7.699,12 pontos, puxada por ações de tecnologia, enquanto em Seul, o índice sul-coreano Kospi perdeu 2,34%, a 1.845,45 pontos, e em Manila, o filipino PSEi recuou 1,5%, a 6.259,61 pontos.

Na China, as perdas nas bolsas foram relativamente mais moderadas, mas vieram após duas sessões consecutivas de valorização.

O Xangai Composto, principal índice acionário chinês, teve baixa de 1%, a 2.976,69 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, também recuou 1%, a 1.876,31 pontos.

Novos dados fracos reforçaram a avaliação de que a segunda maior economia do mundo continua em desaceleração: o investimento estrangeiro direto na China caiu 5,8% em dezembro ante igual mês do ano anterior, a 77,02 bilhões de yuans (US$ 12,23 bilhões), segundo o Ministério do Comércio do país.

O indicador veio um dia depois da publicação do Produto Interno Bruto (PIB) chinês, que cresceu 6,9% em 2015, registrando o ritmo mais fraco em 25 anos e desacelerando-se em relação à expansão de 7,3% vista em 2014.

Também pesaram nos negócios chineses a ansiedade dos investidores com a falta de medidas de estímulos mais agressivas de Pequim e com novas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) de ações. Ontem, o regulador de valores mobiliários da China aprovou sete novos IPOs, que deverão ser concluídos antes do feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, que começa em 7 de fevereiro.

Alguns analistas preveem que o PBoC, como é conhecido o banco central chinês, poderá anunciar um novo corte em compulsórios bancários antes do feriado do próximo mês. O PBoC prometeu ontem injetar 600 bilhões yuans no mercado financeiro para atender a demanda por liquidez no médio prazo.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o tom negativo da Ásia, também influenciado pelo setor de energia, que recuou 3,9%. O S&P/ASX 200, índice que reúne as ações mais negociadas em Sydney, caiu 1,3%, a 4.841,50 pontos.

Outro destaque de baixa foi a BHP Billiton, cujos papéis recuaram 3,5%, após a mineradora anglo-australiana reduzir suas expectativas para a produção anual de minério de ferro, na esteira do acidente ocorrido numa barragem da Samarco - joint venture da BHP com a Vale - em Minas Gerais, em novembro do ano passado. 

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