Bolsa tem maior alta desde 2009 e dólar cai com política
Investidores apostam na maior chance de impeachment da presidente Dilma Rousseff diante do agravamento da crise política no país
Anderson Figo
Publicado em 17 de março de 2016 às 17h44.
São Paulo - O agravamento da crise política no Brasil fez o Ibovespa registrar nesta quinta-feira (17) a maior alta diária desde 2009, e o dólar teve seu maior tombo em mais de quatro meses.
O clima otimista dos investidores refletiu a aposta na eventual troca de governo, depois da divulgação de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Os áudios foram gravados pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato , comandada pelo juíz Sérgio Moro .
Em uma das conversas, a presidente Dilma diz que estava enviando um emissário para entregar a Lula o termo de posse no comando da Casa Civil da Presidência para ele usar "em caso de necessidade".
Empossado no cargo, Lula deixaria de ser investigado em São Paulo e Curitiba , onde atua Moro, e ganharia foro privilegiado. Ou seja, passa a ser responsabilidade do STF (Supremo Tribunal Federal).
A cerimônia de nomeação de Lula ocorreu nesta manhã, mas meia hora depois o juíz federal Itagiba Catta Preta Neto suspendeu a posse.
Os investidores também digeriram a comissão que vai avaliar o impeachment de Dilma, que foi definida nesta tarde.
Analistas afirmaram que os recentes desdobramentos políticos têm enfraquecido o Partido dos Trabalhadores e, com isso, aumentado a chance de impedimento da presidente.
O Ibovespa encerrou o dia em alta de 6,60%, aos 50.913 pontos. Foi a maior alta diária do índice desde 2 de janeiro de 2009, quando subiu 7,17%, e o maior nível de fechamento desde 22 de julho de 2015 (50.915 pontos).
O volume financeiro ficou em torno de R$ 12,8 bilhões. O índice foi puxado por ações de estatais, como Petrobras ( PETR4 ) e Banco do Brasil ( BBAS3 ).
Os papéis preferenciais da Petrobras tiveram alta de 12,03%, para R$ 8,10 cada um. Já o BB chegou a ver sua ação deslanchar 17% durante a sessão, mas fechou com valorização um pouco mais amena, de 14,37%, para R$ 20,69.
Outros bancos, como Bradesco ( BBDC4 ) e Itaú Unibanco ( ITUB4 ) tiveram ganhos de mais de 10% cada um. Do outro lado da Bolsa, as exportadores sofreram, impactadas pela baixa do dólar.
Somente quatro dos 61 papéis do Ibovespa tiveram quedas no dia: Suzano (-4,49%), Fibria (-3,94%), Embraer (-3,16%) e Klabin (-0,56%).
No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 2,29%, a R$ 3,653 na venda, depois de ter atingido mínima na casa de R$ 3,60 ao longo do dia. Foi a maior queda diária desde 3 de novembro de 2015 (2,39%).
O dólar acompanhou no Brasil a tendência de valorização da moeda no exterior, após o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos ) ter sinalizado ontem que o ritmo de aumento de juros na economia americana será mais lento do que o previsto.
São Paulo - O agravamento da crise política no Brasil fez o Ibovespa registrar nesta quinta-feira (17) a maior alta diária desde 2009, e o dólar teve seu maior tombo em mais de quatro meses.
O clima otimista dos investidores refletiu a aposta na eventual troca de governo, depois da divulgação de conversas entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Os áudios foram gravados pela Polícia Federal no âmbito da operação Lava Jato , comandada pelo juíz Sérgio Moro .
Em uma das conversas, a presidente Dilma diz que estava enviando um emissário para entregar a Lula o termo de posse no comando da Casa Civil da Presidência para ele usar "em caso de necessidade".
Empossado no cargo, Lula deixaria de ser investigado em São Paulo e Curitiba , onde atua Moro, e ganharia foro privilegiado. Ou seja, passa a ser responsabilidade do STF (Supremo Tribunal Federal).
A cerimônia de nomeação de Lula ocorreu nesta manhã, mas meia hora depois o juíz federal Itagiba Catta Preta Neto suspendeu a posse.
Os investidores também digeriram a comissão que vai avaliar o impeachment de Dilma, que foi definida nesta tarde.
Analistas afirmaram que os recentes desdobramentos políticos têm enfraquecido o Partido dos Trabalhadores e, com isso, aumentado a chance de impedimento da presidente.
O Ibovespa encerrou o dia em alta de 6,60%, aos 50.913 pontos. Foi a maior alta diária do índice desde 2 de janeiro de 2009, quando subiu 7,17%, e o maior nível de fechamento desde 22 de julho de 2015 (50.915 pontos).
O volume financeiro ficou em torno de R$ 12,8 bilhões. O índice foi puxado por ações de estatais, como Petrobras ( PETR4 ) e Banco do Brasil ( BBAS3 ).
Os papéis preferenciais da Petrobras tiveram alta de 12,03%, para R$ 8,10 cada um. Já o BB chegou a ver sua ação deslanchar 17% durante a sessão, mas fechou com valorização um pouco mais amena, de 14,37%, para R$ 20,69.
Outros bancos, como Bradesco ( BBDC4 ) e Itaú Unibanco ( ITUB4 ) tiveram ganhos de mais de 10% cada um. Do outro lado da Bolsa, as exportadores sofreram, impactadas pela baixa do dólar.
Somente quatro dos 61 papéis do Ibovespa tiveram quedas no dia: Suzano (-4,49%), Fibria (-3,94%), Embraer (-3,16%) e Klabin (-0,56%).
No câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 2,29%, a R$ 3,653 na venda, depois de ter atingido mínima na casa de R$ 3,60 ao longo do dia. Foi a maior queda diária desde 3 de novembro de 2015 (2,39%).
O dólar acompanhou no Brasil a tendência de valorização da moeda no exterior, após o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos ) ter sinalizado ontem que o ritmo de aumento de juros na economia americana será mais lento do que o previsto.