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Bovespa mostra indefinição com incertezas eleitorais

Às 11:33, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 74.722,28 pontos

Bolsa: investidores aguardam divulgação de pesquisas (Germano Lüders/Exame)

Karla Mamona

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 11h06.

Última atualização em 13 de setembro de 2018 às 12h12.

SÃO PAULO (Reuters) - A bolsa paulista não mostrava um viés definido nesta quinta-feira, conforme cenário eleitoral no país continua centralizando as atenções e adicionando incertezas, enquanto o noticiário externo traz decisões de juros, negociações comerciais entre EUA e China e dados norte-americanos sobre inflação ao consumidor.

Às 11:33, o Ibovespa caía 0,54 por cento, a 74.722,28 pontos. O volume financeiro somava 2,4 bilhões de reais.

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Agentes financeiros monitoram as condições do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, que vem liderando as pesquisas de intenções de votos e voltou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na madrugada desta quinta-feira, após passar por cirurgia de emergência noite de quarta-feira.

De acordo com o mais recente boletim médico, ele evoluiu bem após a cirurgia, a segunda depois de ser esfaqueado na quinta-feira passada, quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG).

Ao mesmo tempo, conforme destacou a equipe da corretora Spinelli, há expectativa para a entrevista de Fernando Haddad, presidenciável do PT, no Jornal Nacional na sexta-feira, "dando maior visibilidade para o candidato neste momento de incerteza".

No exterior, Wall Street mostrava ganhos apoiados na alta de ações de tecnologia e algum alívio no embate comercial entre EUA e China após Pequim afirmar que está aberta a novas discussões sobre o assunto com Washington. O S&P 500 tinha elevação de 0,56 por cento.

Também no radar estavam as decisões do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra de manterem as suas respectivas taxas de juros, enquanto o banco central turco elevou o custo dinheiro naquele país a 24 por cento. Nos EUA, os preços ao consumidor subiram abaixo do esperado.

DESTAQUES

- VALE subia 0,51 por cento, na esteira do avanço dos preços do minério de ferro na China, dada a possibilidade de novas conversas entre EUA e China sobre a disputa comercial entre as duas maiores economias globais.

- PETROBRAS PN caía 0,95 por cento, em dia de queda dos preços do petróleo no exterior, embora o papel também continue vulnerável a especulações sobre o cenário eleitoral.

- ELETROBRAS PNB recuava 2,4 por cento, também sensível ao noticiário sobre a disputa presidencial, além das dúvidas sobre os leilões de distribuidoras. Na véspera, uma fonte disse à Reuters que o leilão de privatização da subsidiária de distribuição de energia da empresa no Amazonas não será mais realizado em 26 de setembro.

- VIA VAREJO UNIT subia 3,9 por cento, no segundo pregão de alta, embora acumule no mês queda ainda ao redor de 15 por cento, na contramão do índice do setor de consumo, que recuava após queda inesperada nas vendas do varejo no Brasil em julho. MAGAZINE LUIZA caía 3 por cento, com a perda no mês ao redor de 10 por cento.

- BRASKEM valorizava-se 0,32 por cento, tendo de pano de fundo relatório do UBS elevando o preço-alvo das ações da petroquímica de 48 para 67 reais, enquanto manteve a recomendação 'neutra' para os papéis.

- BRADESCO PN cedia 0,65 por cento e ITAÚ UNIBANCO PN perdia 0,17 por cento, com o setor bancário também suscetível a expectativas sobre o desfecho das eleições. SANTANDER BRASIL UNIT recuava 0,06 por cento e BANCO DO BRASIL caía 0,69 por cento, tendo ainda no radar anúncio de reforma da Caixa de Assistência dos Funcionários (Cassi), com previsão de despesa adicional de 300 milhões de reais este ano.

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