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Bolsa interrompe sequência de 4 baixas e sobe 0,68%

Por Márcio Rodrigues São Paulo - Após quatro sessões consecutivas de queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresentou leve recuperação neste fechamento de semana. Mesmo que a aversão ao risco tenha limitado o volume financeiro dos negócios, o avanço das blue chips sustentou o índice no campo positivo, acompanhando os ganhos vistos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2010 às 18h36.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - Após quatro sessões consecutivas de queda, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) apresentou leve recuperação neste fechamento de semana. Mesmo que a aversão ao risco tenha limitado o volume financeiro dos negócios, o avanço das blue chips sustentou o índice no campo positivo, acompanhando os ganhos vistos no mercado norte-americano. Contudo, a China continua no radar dos investidores, principalmente porque anuncia amanhã dados importantes sobre sua economia, entre eles a evolução da inflação.

Hoje o índice Bovespa (Ibovespa) subiu 0,68%, aos 68.341,83 pontos. Na semana, porém, a Bolsa acumulou perdas de 2%. No ano, o índice ainda está negativo em 0,36%. O volume financeiro foi mais fraco em relação aos últimos dias, reforçando o movimento defensivo dos agentes, e totalizou R$ 5,54 bilhões.

Da China, vieram as principais notícias da manhã de hoje. Em vez de anunciar uma nova alta da taxa básica de juros, o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central chinês) apertou em mais 0,50 ponto porcentual o depósito compulsório bancário, no sexto aumento dessa taxa no ano. A medida tranquilizou momentaneamente os mercados, mas sem afastar os temores de elevação iminente do juro. Isso porque o conselheiro do PBOC, Zhou Qiren, disse para a agência Dow Jones que não descarta a possibilidade de um aumento da taxa de juros, mesmo após a elevação da taxa do compulsório. "A alta do compulsório é um aviso aos investidores de que o juro vai subir", analisa Raffi Dokuzian, superintendente da Banif Corretora.

Ainda no gigante asiático, os números da balança comercial do país também tiveram influência nas expectativas dos agentes econômicos. A pujança da economia chinesa levou o ritmo de alta das importações e exportações em novembro a níveis recordes.

A próxima semana, no entanto, não deve escapar da volatilidade. Logo na segunda-feira, os mercados devem repercutir os dados anunciados pela China no fim de semana. Nos Estados Unidos, além da reunião do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central dos EUA (Fomc, na sigla em inglês), saem dados de vendas do varejo e de produção industrial. Internamente, os investidores aguardam a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, quando a Selic foi mantida em 10,75% ao ano. O documento, que será divulgado na quinta-feira, pode dar indícios sobre os próximos passos da autoridade monetária no começo do governo de Dilma Rousseff.

Hoje, na visão de analistas, a recuperação do Ibovespa se deu mais por um ajuste técnico do que por uma reação às notícias do dia. Assim, as duas principais empresas do mercado acionário doméstico fecharam em alta. Petrobras ON subiu 0,85% e Petrobras PN avançou 1,18%; Vale PNA teve alta de 1,09% e Vale ON ganhou 1,25%.

Outra ação que se recuperou foi Brasil Ecodiesel ON, com o segundo maior ganho do dia (+4,95%). Especialistas comentam que os investidores reagem à notícia publicada no Portal Exame, que diz que um fundo chinês deve aportar recursos na companhia, da ordem de R$ 250 milhões. No início da semana, as ações da companhia estiveram pressionadas pelo acordo de associação firmado com a holding Maeda. O maior avanço do dia, porém, foi da JBS ON (+5,37%).

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