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Bolsa fecha acima dos 109 mil pontos em mais um recorde de fechamento

Em meio ao otimismo sobre a relação comercial entre China e Estados Unidos. Ibovespa também renovou maior pontuação intradiária

Ibovespa fecha acima dos 109 mil pontos pela prmeira vez na história e supera maior pontuação intradiária (d3sign/Getty Images)

Ibovespa fecha acima dos 109 mil pontos pela prmeira vez na história e supera maior pontuação intradiária (d3sign/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de novembro de 2019 às 18h45.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às 19h57.

Pela primeira vez na história, o principal índice da Bolsa fechou acima dos 109 mil pontos. Em mais um dia de fechamento recorde, o Ibovespa subiu 1,13% nesta quinta-feira (7) e encerrou o dia com 109.580,57 pontos. 

Parte do movimento se deve ao otimismo com as relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo. Isso porque tanto a China como os Estados Unidos concordaram em remover as tarifas sobre as importações um do outro, segundo o porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng.

Feng disse, nesta quinta, que a medida será possível depois que os dois países assinarem a primeira fase do acordo comercial. Ele foi ainda mais além e afirmou que a guerra comercial “deverá terminar com a remoção de todas as tarifas. 

Com as declarações, os principais índices acionários do mundo fecharam em alta. Recentemente, a Organização das Nações Unidas (ONU) elaborou um estudo que mostra que a guerra comercial tem causado feridas em ambas as economiasO fim da tensão também serviria para destravar investimentos, dizem analistas.

Na Bolsa, o dia foi das siderúrgicas. Com alta de 7,93% no pregão, a ação da Usiminas liderou o Ibovespa, após analistas do Credit Suisse elevar a recomendação do ativo e prever altas no preço do aço. No setor, os papéis da Gerdau se valorizaram de 3,86%, os da CSN, 2,44%, e os da Vale, 0,85%.

As ações da Natura também tiveram forte movimento de apreciação, subindo 7,88%, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovar, sem restrições, a aquisição da Avon pela fabricante brasileira de cosméticos. Negociados na Bolsa de Nova York, os papéis da Avon se valorizaram 10,06%.

“A valorização torna-se evidente, uma vez que esta aquisição amplia os possíveis ganhos de sinergia com as operações das duas empresas”, escreveu em relatório Luis Gustavo Pereira, estrategista da Guide Investimentos.

O setor de papel e celulose, que vinha sofrendo com os baixos preços dos produtos no mercado internacional, voltou a esboçar alguma reação na Bolsa. Nesta quinta, as ações da Klabin subiram 4,43% e as da Suzano, 3,84%. No mês, as ações dessas empresas acumulam alta de 11,82% e 17,56%, respectivamente. 

O Grupo Ultrapar divulgou o balanço do terceiro trimestre após o pregão desta quarta-feira (6) e, mesmo com lucro menor, o resultado agradou os investidores, que esperavam por resultados mais negativos. O otimismo se refletiu, hoje (7), nas ações da companhia, que fecharam em alta de 5,27%.

Por outro lado, o Banco Inter decepcionou em seu balanço trimestral, chegou a recuar mais de 6% na Bolsa e fechou em baixa de 5,69%. Ação da fintech vem passando por um período de queda e, desde o fim de agosto, já teve perdas de 19,82%. Mesmo assim, a rentabilidade do ativo acumula alta de 128,78% no ano.

Mesmo com mais um leilão sem forte presença de estrangeiros, as ações ordinárias e preferenciais da Petrobras tiveram respectivas altas de 3,21% e 4,01%. Na quarta, os papéis da petrolífera chegaram a ter queda de 2% ao longo do dia.

A baixa presença de investidores estrangeiros no megaleilão do pré-sal, ontem (6), continuou pesando sobre o dólar, que voltou a ter alta. Nesta quinta, a moeda americana se apreciou 0,287% e fechou sendo negociada a 4,0935 na venda.

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