BOLSA EUA-Cautela pressiona NY, apesar de dados fortes

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK, 30 de dezembro (Reuters) - As bolsas de valores
dos Estados Unidos operavam em leve baixa nesta quinta-feira,
com a alta recente e o volume fraco deixando os investidores
relutantes a assumir riscos antes do ano-novo, apesar de uma
forte série de dados econômicos.

O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caiu 34
mil, para 388 mil com ajustes sazonais, informou o Departamento
de Trabalho. É a menor leitura desde julho de 2008, ficando
abaixo das previsões de 415 mil.

Um relatório do Instituto de Gestão do Fornecimento de
Chicago mostrou que a atividade empresarial na região
Meio-Oeste dos EUA cresceu inesperadamente em dezembro. A
Associação Nacional de Corretores disse que os contratos para
vendas pendentes de moradias usadas no país aumentaram mais que
o esperado em novembro, embora as vendas tenham continuado
abaixo do normal.

Entretanto, segundo analistas, os investidores hesitavam em
assumir grandes posições até o ano que vem, apesar dos dados
positivos. O volume baixo desta época do ano, junto com a alta
recente, deixou o mercado mais suscetível a oscilações
voláteis.

"Não há como negar que a economia está melhorando -- a
razão pela qual nós não estamos vendo um movimento maior é que
há um volume muito fraco e muitos operadores não estão por aí",
disse Wayne Kaufman, analista-chefe de mercado da John Thomas
Financial, em Nova York.

"Muitas pessoas estão com medo de que nas próximas duas
semanas nós vejamos um forte retrocesso. Isso se tornou um tema
comum -- todos acham que o retrocesso virá, então ninguém quer
fazer grandes apostas."

Às13h51 (horário de Brasília), o índice Dow Jones ,
referência da bolsa de Nova York, caía 0,08 por cento, para
11.575 pontos. O índice Standard & Poor's 500 caía 0,09
por cento, a 1.258 pontos.

O termômetro de tecnologia Nasdaq perdia 0,08 por
cento, para 2.664 pontos.

No penúltimo dia de operações do ano, o S&P 500 caminha
para o melhor mês de dezembro em quase duas décadas. O índice
ganhou 6,5 por cento até agora neste mês, fechando quarta-feira
no maior nível desde 8 de setembro de 2008. O índice fechou no
azul em 17 das últimas 20 sessões.

(Reportagem adicional de Ryan Vlastelica)