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Bolsa espanhola resiste ao rebaixamento da Standard & Poor's

Apesar da queda na nota do país, mercado de renda variável fechou com leve alta

Espanha: nota do país foi rebaixada por Fitch e Standard and Poor's (Getty Images)

Espanha: nota do país foi rebaixada por Fitch e Standard and Poor's (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 16h33.

Madri - A bolsa da Espanha não foi afetada pelo rebaixamento que a agência de classificação de riscos Standard & Poor's fez nesta quinta-feira à dívida soberana a longo prazo do país, que caiu de '++AA++' para '++AA++-' com perspectiva negativa.

No fechamento dos mercados de renda variável, o seletivo espanhol Ibex-35 registrou alta de 32 pontos (0,36 %), até chegar aos 8.975,50 pontos. O governo do país atribuiu a decisão da agência à crise financeira da Europa.

A Standard & Poor's argumentou que rebaixou a nota espanhola devida às baixas perspectivas de crescimento do país, ao elevado endividamento do setor privado e ao alto desemprego, que está em mais de 20%. A agência já havia rebaixado nessa semana a nota de dez bancos espanhóis.

A ministra da Economia, Elena Salgado, disse em que apesar do corte, a qualificação da dívida soberana espanhola continua sendo de 'excelente qualidade'.

No fechamento dos mercados, o diferencial que existe entre a rentabilidade da dívida espanhola e a alemã ficou em 301 pontos, abaixo dos 308 pontos do fechamento de ontem.

O banco americano Goldman Sachs calculava hoje que as instituições financeiras espanholas poderiam necessitar até US$ 80,000 bilhões para garantir provas de solvência mais exigentes. Por isso, os dois maiores bancos espanhóis sofreram perdas: o Banco Santander caiu 1,08 %, e o BBVA, 0,68 %. Helena destacou, no entanto, que as grandes instituições espanholas cumprem as exigências de capital europeias.

O governo de José Luis Zapatero aprovou unificar os fundos de garantia de depósitos de bancos, caixas e cooperativas num só, que assumirá as futuras perdas derivadas da reestruturação financeira e seguirá garantindo um máximo de 100 mil euros por entidade e depositante.

A ministra defendeu a unificação dos fundos de garantia, destacando que a medida melhora a solvência do sistema financeiro sem que isso represente custo apara os contribuintes

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