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Bolsa deve continuar a cair até os 60 mil pontos, dizem analistas gráficos

Após perder o patamar dos 64 mil pontos, análise do desempenho do índice revela mais espaço para correção

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2012 às 06h00.

São Paulo – O Ibovespa ainda tem espaço para correções e deve seguir com a recente queda, segundo a opinião de analistas técnicos. Para analisar o mercado, eles utilizam tendências apontadas em gráficos históricos ao invés de detectar possibilidades a partir de fundamentos macroeconômicos.

De acordo com o método, a bolsa pode girar perto dos 60 mil pontos em breve. “Estamos venda a bolsa num patamar próximo a 61.500 entre este mês e maio”, afirma Rafael Espinoso, analista técnico da Votorantim Corretora.

Esse é o nível que o mercado estava em meados de janeiro, antes de iniciar uma disparada, como lembra o analista. “Se perder o patamar, podemos começar a olhar uma pontuação nos 59.500”, diz.

Segundo ele, que identificou a possibilidade de correção em meados de março, a bolsa num patamar entre 66 mil e 67 mil pontos, como vinha ocorrendo em março, era uma distorção no mercado, com investidores buscando vender ações valorizadas em alguns setores, e comprar papéis que estavam muito descontados em outros.

Leandro Ruschel, diretor da Escola de Traders Leandro&Stormer, também identifica uma continuação nesse movimento, agora que o mercado perdeu um importante suporte de 64 mil pontos. “Se um pique não acontecer, o novo suporte pode ser de 60 mil pontos”, afirma. Avaliando movimentos anteriores, esse novo suporte poderia vir em duas semanas.

A tendência de correção pode ser identificada de duas maneiras, quando analisados períodos de sazonalidade. Primeiro que o mercado tem uma tendência positiva natural do período que inicia entre setembro e outubro e termina entre abril e maio. “Estamos chegando perto do final dessa sazonalidade positiva e há uma chance de haver correção”, afirma Ruschel.

Observando uma sazonalidade mais longa do mercado, ele cita a análise de ciclos de dez anos. “O ano ‘dois’ de uma década costumar ser um ano de movimento descendente”, lembra.

Confira a análise gráfica do movimento da bolsa desde dezembro de 2011 elaborada por Ruschel:

(Leandro Ruschel)

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