Mercados

Bolsa de Tóquio fecha em alta

Os níveis de participação mantiveram-se robustos, com cerca de 3,1 bilhões de ações negociadas no valor de pouco menos de 2,0 trilhões de ienes


	Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei subiu 0,3%, para 11.683,45 pontos, após um ganho de 0,4% na sessão anterior
 (REUTERS/Toru Hanai)

Bolsa de Tóquio: o índice Nikkei subiu 0,3%, para 11.683,45 pontos, após um ganho de 0,4% na sessão anterior (REUTERS/Toru Hanai)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de março de 2013 às 06h39.

Tóquio - A Bolsa de Tóquio terminou a sessão com um modesto ganho nesta terça-feira, uma vez que as compras de papéis da Fast Retailing foram suficientes para compensar a realização de lucros em ações imobiliárias e exportadores, como Suzuki Motor. Além disso, o mercado foi influenciado para baixo por fracos dados econômicos do setor industrial da China.

O índice Nikkei subiu 0,3%, para 11.683,45 pontos, após um ganho de 0,4% na sessão anterior. Embora o índice tenha encerrado o pregão bem abaixo do seu ponto de pico, ele conseguiu atingir uma nova máxima intraday em 2013, chegando a 11.779,42 pontos na primeira parte da sessão.

Os níveis de participação mantiveram-se robustos, com cerca de 3,1 bilhões de ações negociadas no valor de pouco menos de 2,0 trilhões de ienes.

O Nikkei já começou o pregão em alta puxado para cima pelas ações da Fast Retailing, que superou sua máxima histórica com um ganho de 5,5% após a divulgação de dados lançados após o fechamento do mercado na segunda-feira.

A Fast Retailing informou ontem que as vendas domésticas nas lojas de sua unidade Uniqlo subiram 9,6% em fevereiro em relação ao mesmo mês de 2012. A Fast Retailing tem um peso de 10% no Nikkei.

As ações da Fast Retailing também se beneficiaram de um aumento do preço-alvo da Merrill Lynch.

Além disso, esperanças contínuas sobre medidas mais agressivas de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) sustentaram a confiança geral do mercado no início da sessão, o que ajudou a levantar papéis relacionados ao setor financeiro. Mas a pressão de compra do iene no final do pregão prejudicou grande parte da força do mercado.


Ao final das negociações em Tóquio, por volta das 3h (em Brasília), o dólar havia caído para perto da marca 93 ienes.

"Já como a nova liderança do Banco do Japão não vai ser introduzida até 19 de março, é improvável que catalisadores de compra de ações inteiramente novos estejam próximos", disse Kenichi Hirano, analista de mercado da Tachibana Securities.

Ações relacionadas ao mercado imobiliário sucumbiram à realização de lucros após dois dias seguidos de ganhos acentuados. A Mitsui Fudosan perdeu 2,1%, enquanto a Sumitomo Realty & Development caiu 3,9%.

As empresas de finanças também se enfraqueceram depois abrir em alta. O declínio foi liderado pela queda de 0,5% do Sumitomo Mitsui Financial Group e pelo recuo de 5,0% da Dai-ichi Life Insurance. Ações de empresas menores que foram alvo de compras pesadas na segunda-feira também caíram, com o Monex Group fechando em queda de 2,2%.

A JFE Holdings liderou as siderúrgicas em terreno negativo, caindo 3,0% após o anúncio durante o intervalo do pregão do Índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços da China para fevereiro, que apresentou queda de 1,9 ponto ante janeiro, levantando preocupações sobre a segunda maior economia do mundo, onde JFE tem uma grande participação.

A Toyota Motor caiu 0,2%, enquanto a Suzuki Motor perdeu 1,6%.

As incorporadoras Mitsui Fudosan e Sumitomo Realty & Development perderam 2,1% e 3,9%, respectivamente, após registrarem ganhos robustos nas duas sessões anteriores por causa das expectativas sobre uma possível política monetária agressiva do BoJ. O sentimento nas últimas sessões foi despertado por comentários feitos pelos indicados pelo governo à nova liderança do BoJ.

Ações de grandes fabricantes de papel apresentaram o pior desempenho por setor após a SMBC Nikko Securities manter sua perspectiva de baixa para a indústria de papel e celulose na segunda-feira, de acordo com um relatório que citava a fraca demanda interna por papel de impressão. A Oji Paper perdeu 8,3%. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresMercado financeiroNikkei

Mais de Mercados

"Falta maturidade para o Brasil ter um BC independente", diz Fernando Siqueira, head da Guide

Bilionário, ex-operador do Lehman Brothers abre empresa de capital de risco

Ibovespa opera em alta aos 126 mil pontos, com certo alívio perante sinalizações de corte de gastos

Tesla deixou os problemas para trás? Investidores acreditam que sim; saiba por quê

Mais na Exame