Tóquio tem influência consolidada na Ásia (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 22h27.
São Paulo – As bolsas asiáticas iniciaram o dia em queda nesta quinta-feira após uma nova derrocada dos principais índices em Wall Street na véspera. Há instantes, o índice Nikkei, da bolsa de Tóquio operava em baixa de 1,6%, aos 8.901 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi recua 1,44%. Os contratos dos índices futuros em Nova York estão em leve alta.
Mais cedo, no Brasil, o Ibovespa, que chegou a cair 2,35% e subir 1,98%, encerrou o dia com uma alta de 0,48%, aos 51.395 pontos. O desempenho veio na contramão dos principais mercados pelo mundo. Nos EUA, o índice Dow Jones, o mais acompanhado em Wall Street, despencou 4,62%. Na Europa, as bolsas também recuaram.
Os investidores ficaram mais receosos hoje com a situação fiscal dos países europeus. O foco desta vez foi a França. As ações do banco Société Générale despencaram hoje 15,2%, seguido por outros do país como o BNP e o Crédit Agricóle. Tudo isso apesar de as principais agências de classificação de risco do mundo, a Moody’s, S&P e Fitch, terem reafirmado a nota triplo A do país.
O mercado ainda avalia o tom do comunicado do Banco Central americano (Federal Reserve). O comitê de política monetária do Fed, liderado por Ben Bernanke, que anunciou ontem a intenção de manter o juro entre zero e 0,25% ao ano até a metade de 2013.
Além de garantir uma política monetária frouxa por mais dois anos, o BC americano também animou o mercado ao dizer que possui as ferramentas necessárias para promover uma forte recuperação econômica com a estabilidade de preços. "O comitê irá continuar a avaliar a perspectiva econômica sob a luz das novas informações e está preparado para empregar as ferramentas de forma apropriada", mostra o comunicado.
Apesar disso, o mercado também avalia o lado pessimista da nota, que lembra a piora da economia americana nos últimos meses. “Os indicadores sugerem uma deterioração nas condições gerais do mercado se trabalho nos últimos meses, enquanto a taxa de desemprego subiu. O gasto das pessoas se estabilizou, os investimentos em estruturas não residenciais ainda estão fracas e o setor imobiliário continua deprimido”, diz um outro trecho do documento.