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Bolsa fecha em queda de mais de 2,30% após Datafolha

Os dados da pesquisa eleitoral não agradaram aos investidores

Bolsa: índice marcava na casa dos 74 mil pontos (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

Bolsa: índice marcava na casa dos 74 mil pontos (Renato S. Cerqueira/FuturaPress)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 11 de setembro de 2018 às 10h22.

Última atualização em 11 de setembro de 2018 às 17h14.

São Paulo - O Ibovespa fechou em queda de 2,33% na tarde desta terça-feira aos 74.655,51 pontos. A Bolsa repercutiu a pesquisa Datafolha divulgada ontem. O levantamento foi realizado após o ataque contra Jair Bolsonaro (PSL) na última quinta-feira.

A pesquisa apontou que apesar de seguir na liderança, com 24%, Bolsonaro ganhou dois pontos percentuais desde a última pesquisa, realizada nos dias 20 e 21 de agosto, portanto dentro da margem de erro que é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Ciro Gomes (PDT) subiu de 10% para 13% no mesmo período, enquanto Marina Silva (Rede) caiu de 16% para 11% e Geraldo Alckmin (PSDB) foi de 9% para 10%. Fernando Haddad (PT) oscilou de 4% para 9%.

Em relatório divulgado a clientes, a Guide Investimentos afirmou que eventos trágicos, como a facada que Bolsonaro recebeu, têm efeitos temporários limitados e que apesar do ganho modesto na pesquisa, Bolsonaro está estagnado, portanto subir mesmo que um pouco demonstra um ganho de "momentum".

“O capitão ainda pode crescer mais nas próximas pesquisas. Mas ainda tem tempo para que ele possa perder um pouco dessa gordura advinda da comoção nacional. Portanto, repito a pergunta, em que ponto da parábola terminará o capitão?”, questionaram os analistas.

A Guide Investimentos destaca ainda que muitos acreditavam que Bolsonaro teria um tempo imenso de exposição na televisão devido à internação médica e que todo este assédio seria excelente para a campanha do presidenciável.

“Fato é que a exposição do candidato tem sido baixa na grande mídia. No debate de domingo passado na TV Gazeta, todos se solidarizaram com o capitão, mas evitaram ao máximo dizer seu nome. Enquanto ele aparece pouco, pois está internado, todos os outros aparecem muito mais e com a agendas atualizadas.”

Além do cenário eleitoral, a Bolsa era impactada pelo exterior. A China pediu para que a Organização Mundial do Comércio impor sanções contra os Estados Unidos no âmbito de uma disputa por dumping americano iniciada por Pequim em 2013. Segundo a agência Reuters, essa questão pode ser arrastar por anos, enquanto deve haver uma disputa sobre a validade da punição e o montante que pode ser afetado.

*Com agências 

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