Ibovespa: principal índice ações da bolsa brasileira fechou em baixa de 0,87%, a 80.346,53 pontos (Germano Lüders/Exame)
Da Redação
Publicado em 7 de agosto de 2018 às 18h53.
Última atualização em 7 de agosto de 2018 às 20h11.
A dois meses das eleições, uma onda de notícias não confirmadas nesta terça-feira mostrou como o mercado estará atento às movimentações políticas (e judiciais) nas próximas semanas.
O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa brasileira, que operava estável, passou a cair e fechou em baixa de 0,87%, a 80.346,53 pontos. O dólar, que estava caindo, terminou o dia com alta de 0,93%, cotado a 3,767 reais.
De acordo com profissionais da área de renda variável, os rumores incluíam pesquisas com resultados desagradando o mercado e iminente eventual delação envolvendo o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB.
Outro boato foi que Alckmin terá um desempenho ruim num levantamento a ser divulgado pelo instituto MDA, a pedido da Confederação Nacional do Transporte (CNT), com eleitores de São Paulo. A pesquisa está prevista para esta quarta-feira, às 11h.
Investidores estão na expectativa de novas pesquisas eleitorais após a definição das chapas que estarão na disputa presidencial, conforme o quadro ainda segue bastante nebuloso. “Não tem nada de concreto, cada um com quem você fala ouviu algo diferente”, afirmou um operador de uma corretora no Rio de Janeiro.
O analista de investimento da Mirae Corretora, Pedro Galdi, afirmou à VEJA que esse tipo de rumor é bem comum em ano eleitoral. “Toda eleição é a mesma coisa. E as ações mais impactadas são as dos bancos e de empresas estatais.”
Galdi admite que a proliferação das fake news combinada com expansão da utilização do WhatsApp deram velocidade a esses boatos. “Agora tudo se espalha mais rapidamente”, diz. “É preciso estar ciente de que teremos muito nervosismo no mercado até a eleição. E depois de definido o ganhador, o mercado fica na expectativa da definição da equipe.”