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Bolsa cai 1%; 20% do varejo fecha…

Comércio em crise  Um em cada cinco estabelecimentos que trabalham com mão de obra formal tiveram de encerrar as atividades nos últimos 18 meses, segundo dados da Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foram 170.000 estabelecimentos comerciais que fecharam as portas entre janeiro de 2015 e junho de 2016, número que a […]

VAREJO: vendas no varejo tiveram a maior alta para abril em nove anos, segundo IBC-Br / Oli Scarff/Getty Images

VAREJO: vendas no varejo tiveram a maior alta para abril em nove anos, segundo IBC-Br / Oli Scarff/Getty Images

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 18h38.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h29.

Comércio em crise 

Um em cada cinco estabelecimentos que trabalham com mão de obra formal tiveram de encerrar as atividades nos últimos 18 meses, segundo dados da Confederação Nacional de Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foram 170.000 estabelecimentos comerciais que fecharam as portas entre janeiro de 2015 e junho de 2016, número que a CNC afirma que vai crescer ainda mais até o final deste ano. Entre eles há cerca de 50.000 supermercados e hipermercados. No primeiro semestre do ano, foram 68.000 comércios que fecharam. Apesar de esperar um segundo semestre menos pessimista, a CNC afirmou que ainda é difícil estimar uma retomada para o setor, já que o emprego e o consumo são alguns dos últimos indicadores a melhorar após uma crise.

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Bolsa cai 1%

O Ibovespa fechou a terça-feira com queda de 1%, impactado pelo desempenho das bolsas americanas. É a maior queda desde o dia 5 de julho. O preço do barril de petróleo fechou abaixo de 40 dólares pela primeira vez desde abril, arrastando para baixo parte das ações da Petrobras. Os papéis ordinários da companhia fecharam em queda de 1,6%, já os preferenciais tiveram alta de 0,98%. Ainda entre as notícias da estatal, a Justiça americana suspendeu ações coletiva e individuais de acionistas contra a Petrobras até que seja julgado recurso da empresa contra a decisão que abriu caminho para um processo em grupo. A ação de investidores pede a recuperação de bilhões de dólares por supostas perdas decorrentes do escândalo de corrupção na estatal.

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Itaú surpreende

Maior banco privado do país, o Itaú Unibanco surpreendeu investidores ao divulgar um lucro de 5,5 bilhões de reais no segundo trimestre. O valor representa uma alta de 6,4% em comparação com o resultado do primeiro trimestre, mas uma queda de 7,8% na comparação anual. Analistas esperavam um lucro próximo dos 5 bilhões. As ações preferenciais do banco subiram 1,2% nesta terça-feira. Além de divulgar o resultado, a companhia revisou suas projeções para o ano, citando a crise do país como motivo. A expectativa agora é que sua carteira de crédito encolha de 5,5% a 10,5%, ante a projeção anterior de queda de 0,5% a um crescimento de 4,5%. No segundo trimestre, a carteira do banco teve queda de 5,8% na comparação com o mesmo período de 2015, para 573 bilhões de reais.

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Cielo cai 5,7%

As ações da prestadora de serviços financeiros Cielo caíram 5,7% nesta terça-feira mesmo depois de apresentar um lucro acima do esperado. Os ganhos da companhia no segundo trimestre somaram 989 milhões de reais, uma alta de 13,8% na comparação anual. Em relatório, analistas do banco Itaú afirmaram que, apesar do lucro, algumas tendências operacionais mostraram uma deterioração no resultado da empresa, como o crédito e o crescimento no volume de dívidas. Em teleconferência, o presidente da companhia, Rômulo Dias, elevou a previsão para o volume de transações da Cielo neste ano. “Atingimos o fundo do poço, mas já estamos vendo a retomada do consumo”, disse.

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Produção cresce

A produção industrial brasileira cresceu 1,1% no mês de junho em comparação com o mês anterior, segundo divulgou o IBGE. É a quarta alta consecutiva do indicador, o que pode indicar que a indústria começa a se recuperar da crise econômica. O resultado veio dentro das expectativas de analistas de mercado. Apesar da melhora aparente, no primeiro semestre deste ano a indústria acumulou queda de 9,1% na produção em comparação com o mesmo período do ano passado. É o pior resultado desde 2009.

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Recorde no petróleo

A produção diária de petróleo no país em junho teve um aumento de 2,9% em relação a maio, atingindo a marca de 2,5 milhões de barris por dia, de acordo com informações da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em termos de gás natural, a produção foi de 103,5 milhões de metros cúbicos por dia, uma alta de 3,7%. É um novo recorde nas produções diárias de petróleo e de gás natural no Brasil. Um dos responsáveis pela alta foi a prospecção no pré-sal, que alcançou a produção de quase 1 milhão de barris por dia, um aumento de 8,2% em relação ao mês anterior. O recorde anterior havia sido registrado em agosto de 2015.

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