Bolsa brasileira está cara e depende do governo para subir
Para Roberto Padovani, uma postura mais forte do governo na área econômica poderia ajudar o Ibovespa
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2011 às 17h11.
São Paulo – A bolsa brasileira é vista como cara e depende de uma atuação mais forte do governo para retomar a trajetória de alta, explica Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco West LB. “A bolsa no Brasil se adiantou em relação às bolsas mundiais desde 2009. É natural, por isso, que a bolsa seja vista como cara”, disse em entrevista ao Programa Portfólio, de EXAME.com.
Ele explica que as incertezas em relação à atividade econômica no Brasil e sobre a retirada dos estímulos monetários e aumento de juro nos EUA têm atrapalhado a visibilidade dos investidores. Além disso, Padovani lembra que, por conta da falta de credibilidade da política fiscal brasileira, o Banco Central poderia ter sido mais enfático na defesa da meta de inflação com um aumento mais rápido do juro.
“Como há muita descrença, o mercado acha que o BC precisa reagir com mais empenho para resgatar a credibilidade. E isso o Tombini não tem feito. Isso poderia ter ajudado a ancorar as expectativas. Mas não dá pra dizer que o BC está errado, mas poderia ter agido diferente”, explica. O Ibovespa já recuou 7,84% no ano e opera na casa dos 63.800 pontos.
Destravar
Para que a bolsa retome a trajetória de alta, o estrategista diz que é preciso um sinal de comprometimento do governo com o longo prazo. “Precisaríamos fortalecer as agências reguladoras, atrair o capital externo, uma política econômica mais coordenada, menos ruído no câmbio e menos influência políticas nas empresas. Uma postura mais forte do governo na área econômica poderia ajudar a bolsa”, diz.
Segundo ele, é mais provável que a bolsa caminhe de lado entre os 60 mil e 65 mil pontos. “Sou da turma mais pessimista e acho que o risco é alto. Ficaria cauteloso nesse mercado”, conclui.
São Paulo – A bolsa brasileira é vista como cara e depende de uma atuação mais forte do governo para retomar a trajetória de alta, explica Roberto Padovani, estrategista-chefe do banco West LB. “A bolsa no Brasil se adiantou em relação às bolsas mundiais desde 2009. É natural, por isso, que a bolsa seja vista como cara”, disse em entrevista ao Programa Portfólio, de EXAME.com.
Ele explica que as incertezas em relação à atividade econômica no Brasil e sobre a retirada dos estímulos monetários e aumento de juro nos EUA têm atrapalhado a visibilidade dos investidores. Além disso, Padovani lembra que, por conta da falta de credibilidade da política fiscal brasileira, o Banco Central poderia ter sido mais enfático na defesa da meta de inflação com um aumento mais rápido do juro.
“Como há muita descrença, o mercado acha que o BC precisa reagir com mais empenho para resgatar a credibilidade. E isso o Tombini não tem feito. Isso poderia ter ajudado a ancorar as expectativas. Mas não dá pra dizer que o BC está errado, mas poderia ter agido diferente”, explica. O Ibovespa já recuou 7,84% no ano e opera na casa dos 63.800 pontos.
Destravar
Para que a bolsa retome a trajetória de alta, o estrategista diz que é preciso um sinal de comprometimento do governo com o longo prazo. “Precisaríamos fortalecer as agências reguladoras, atrair o capital externo, uma política econômica mais coordenada, menos ruído no câmbio e menos influência políticas nas empresas. Uma postura mais forte do governo na área econômica poderia ajudar a bolsa”, diz.
Segundo ele, é mais provável que a bolsa caminhe de lado entre os 60 mil e 65 mil pontos. “Sou da turma mais pessimista e acho que o risco é alto. Ficaria cauteloso nesse mercado”, conclui.