Mercados

Bolsa avança guiado por Sabesp; mercado aguarda anúncio de medidas

Às 12:18, o Ibovespa subia 0,44 %, a 104.311,63 pontos

Bolsa: as ações da Sabesp entre as maiores altas do Ibovespa (Sabesp/Divulgação)

Bolsa: as ações da Sabesp entre as maiores altas do Ibovespa (Sabesp/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 18 de julho de 2019 às 10h23.

Última atualização em 18 de julho de 2019 às 13h34.

São Paulo — A bolsa paulista seguia no azul nesta quinta-feira, com as ações da Sabesp entre as maiores altas do Ibovespa, após a agencia reguladora colocar em consulta pública documentos relacionados à revisão tarifária da companhia, com o mercado também à espera de anúncio de medidas para estimular a economia.

Às 12:18, o Ibovespa subia 0,44 %, a 104.311,63 pontos. O volume financeiro somava 3,906 bilhões de reais.

A equipe do BTG Pactual destacou que o mercado brasileiro passa por um momento de calmaria em relação à parte política e discussões da reforma da Previdência, com atenções voltadas para ações do governo para a retomada do crescimento no país.

Entre essas ações, ganhou a atenção no mercado recentemente o noticiário sobre a liberação de saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Na véspera, o presidente Jair Bolsonaro disse que o anúncio deve ser feito nesta quinta-feira.

O Palácio do Planalto preparou para a tarde desta quinta um evento em alusão aos 200 dias de governo e a intenção é anunciar, juntamente com outras medidas, a liberação do FGTS.

Em nota distribuída a clientes da gestora do banco de investimentos, a equipe do BTG cita também que, no caso da bolsa, aguarda uma pausa nas compras em função do recesso parlamentar e a espera da continuidade da reforma em agosto.

No exterior, Wall Street não mostrava fraqueza, com a temporada de resultados sob os holofotes, incluindo números decepcionantes do Netflix, que derrubavam as ações da companhia. Morgan Stanley também reportou balanço.

Destaques

- SABESP valorizava-se 4,1%, após a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) divulgar documentos para consulta pública para atualização da base de remuneração regulatória (BRR) da terceira revisão tarifária ordinária da empresa.

- KROTON e ESTÁCIO subiam 3,2% e 2,5%, respectivamente, novamente no campo positivo, em meio a expectativas relacionadas à liberação de saques do FGTS.

- MAGAZINE LUIZA avançava 2,1% e VIA VAREJO tinha alta de 1,9%, com o mercado também enxergando efeito positivo no consumo da potencial liberação de saques do FGTS, que deve ser anunciada nesta quinta-feira.

- BRMALLS perdia 0,8%, em sessão de queda no setor de shopping centers, embora tais companhias também sejam citadas por analistas como prováveis beneficiárias de uma liberação de saques do FGTS. IGUATEMI caía 0,9% e MULTIPLAN cedia 0,3%.

- MRV avançava 1,7% e CYRELA tinha alta de 1,5%, diante da aposta de redução no custo dos financiamentos imobiliários pela Caixa Econômica Federal, maior concessora de empréstimos para compra da casa própria do país.

- ITAÚ UNIBANCO PN subia 1% e BRADESCO PN avançava 0,7%, endossando o desempenho positivo do Ibovespa.

- VALE oscilava ao redor da estabilidade, conforme os futuros do minério de ferro na China recuaram após uma sessão instável, com participantes do mercado reavaliando perspectivas para a oferta em meio a indicações de uma retomada nos embarques da matéria-prima pelos principais exportadores Austrália e Brasil.

- PETROBRAS PN e PETROBRAS ON caíam 0,5% e 1%, em movimento alinhado à queda dos preços do petróleo no mercado externo. A norte-americana Honeywell, empresa global de software industrial, também afirmou nesta quinta-feira que está cooperando com autoridades nos EUA e no Brasil em investigações relacionadas à estatal brasileira.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresIbovespaMercado financeiroSabesp

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado