Bolsa afunda 4,5% com greve dos caminhoneiros
A preocupação do mercado é o impacto que as medidas anunciadas pelo governo terão nas contas públicas
Karla Mamona
Publicado em 28 de maio de 2018 às 17h35.
Última atualização em 28 de maio de 2018 às 17h43.
São Paulo - O Ibovespa fechou em queda de 4,49% na tarde desta segunda-feira, aos 75.355 pontos. Foi o menor patamar de fechamento desde 22 de dezembro de 2017
O destaque negativo do pregão foram as ações da Petrobras, que fecharam em queda de mais de 14%. A companhia anunciou que mudará a política de preço do diesel. Os reajustes do combustível passarão a ser mensais.
Já o dólar fechou em alta de 1,64%, a 3,7286 reais, maior variação percentual desde 7 de dezembro passado, quando subiu 1,73 por cento.
Na máxima do dia, a moeda norte-americana foi a 3,7398 reais, e acumulou alta de 2,86 por cento em três pregões seguidos de ganhos.
O mercado se mostra apreensivo com cenário interno. A greve dos caminhoneiros está no oitavo dia e sem clareza quanto ao término das paralisações. A preocupação do mercado é o impacto que as medidas terão nas contas públicas.
Ontem, o presidente Michel Temer anunciou redução do preço do diesel em 46 centavos de reais por litro por 60 dias, em atendimento às reivindicações dos caminhoneiros.
Ao todo, o custo fiscal do governo para atender aos pedidos da categoria chega a 13,5 bilhões de reais, que serão compensados por cortes de gastos a aumento de outros impostos.
Assim, segundo explicou o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, chegou-se ao limite do teto de gastos deste ano, sem nenhuma sobra em relação às metas fiscais.