Bolsa: agentes financeiros estão na expectativa de decisões de política monetária nos Estados Unidos e Brasil (Paulo Whitaker/Reuters)
Reuters
Publicado em 18 de setembro de 2019 às 11h02.
Última atualização em 18 de setembro de 2019 às 15h58.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, acelerou a queda nesta quarta-feira, tocando a mínima da sessão abaixo dos 104 mil pontos, após o banco central dos Estados Unidos confirmar as expectativas e reduzir os juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 1,75% a 2,20%, mas transmitir sinais contraditórios sobre os novos passos da política monetária norte-americana.
Às 15:28, o Ibovespa caía 0,58 por cento, a 104.014,38 pontos. Na mínima do dia, recuou a 103.859,89 pontos. O volume financeiro somava 8,5 bilhões de reais.
O Federal Reserve anunciou nesta quarta-feira (18) um novo corte de 0,25 ponto percentual na taxa referencial de juros, para a faixa entre 1,75% e 2%. Foi o segundo corte na taxa desde a crise financeira de 2008. A decisão já era esperada pelo mercado financeiro, mas não foi unânime.
Após o fechamento do pregão local, é a vez de o BC brasileiro anunciar sua decisão sobre os juros, com o mercado também apostando majoritariamente que o Copom capitaneado por Roberto Campos Neto reduzirá a taxa Selic de 6% para 5,5% ao ano.
Análise técnica do Itaú BBA sobre o Ibovespa afirma que, após fechar em alta na véspera, o índice apontou novamente para a forte resistência em 104.800 pontos. "Se conseguir superar essa região, o próximo desafio do mercado será superar a máxima histórica em 106.700 pontos."
A Petrobras (PN) recuava com força, em movimento alinhado ao novo declínio dos preços do petróleo, na esteira de notícias de que a Arábia Saudita retomará sua capacidade de produção total rapidamente após ataques no fim de semana, que fizeram as cotações da commodity dispararem na segunda-feira.