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Bolsa opera em queda com exterior desfavorável

Às 11:05, o Ibovespa caía 0,41%, a 114.716,84 pontos

Bolsa de Valores: Ibovespa abriu​​ a 115.189,97​​pontos, estável, ​após fechar na sessão anterior em queda de 0,72% (Cris Faga/Getty Images)

Bolsa de Valores: Ibovespa abriu​​ a 115.189,97​​pontos, estável, ​após fechar na sessão anterior em queda de 0,72% (Cris Faga/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 10h26.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2020 às 14h33.

São Paulo — O Ibovespa mostrava fraqueza nesta sexta-feira, com um viés mais negativo nas praças acionárias no exterior, enquanto as ações da Lojas Renner figuravam entre os destaques positivos após resultado trimestral.

Às 14:33, o Ibovespa caía 0,43%, a 114.691,61 pontos. O volume financeiro somava 12 bilhões de reais. Apesar da queda, o Ibovespa caminha para fechar a semana no azul.

Dados de emprego dos Estados Unidos chegaram a praticamente anular as perdas na sessão, mas movimentos de realização de lucros combinados com a cautela em relação aos potenciais reflexos do surto de coronavírus na China ainda pressionavam.

A economia dos EUA abriu 225 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, acima do esperado por economistas consultados pela Reuters, que previam que a criação de empregos seria de 160 mil vagas em janeiro.

O relatório mensal de empregos do Departamento do Trabalho dos EUA, no entanto, mostrou que a economia criou 514 mil empregos a menos entre abril de 2018 e março de 2019 do que o inicialmente estimado, o que sugere que o crescimento do emprego poderá desacelerar significativamente este ano.

Até a quarta-feira, na máxima da sessão, o Ibovespa chegou a acumular na semana alta de 3,5%, fechando na véspera já em queda, de 0,7%.

"O mercado financeiro global voltou a ficar pesado com os efeitos da coronavírus. Diversas fábricas continuam fechadas na região de Wuhan e isto já começou a afetar a cadeia mundial de suprimentos", destacaram analistas da corretora Mirae Asset.

Até o momento, há 31.211 casos confirmados de infecções pelo novo coronavírus na China e 637 mortes, de acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na visão de Fernando Bresciani e Pedro Galdi, da Mirae Asset, o Ibovespa deve seguir o comportamento de seus pares do exterior e seguir em mais um pregão em movimento de realização, conforme nota a clientes.

Destaques

- VALE ON recuava 1,33%, apesar da alta dos preços do minério de ferro na China, acompanhando o declínio de papéis do setor de mineração e siderurgia também na Europa. Entre as siderúrgicas brasileiras, USIMINAS PNA e GERDAU PN caíam 2,59% cada.

- PETROBRAS ON subia 1,34%, ainda refletindo ajustes à oferta de ações pelo BNDES precificada na quarta-feira, enquanto PETROBRAS PN oscilava ao redor da estabilidade, mais afetada pelo declínio dos preços do petróleo no mercado externo.

- ITAÚ UNIBANCO PN tinha alta de 0,33%, tendo no radar a divulgação do resultado trimestral na próxima segunda-feira, após o fechamento do mercado. BRADESCO PN, que já divulgou balanço e agradou, avançava 0,6%.

- LOJAS RENNER ON valorizava-se 1,59%, após crescimento de 17% no lucro líquido do quarto trimestre, quando a receita líquida teve alta de 10,7% e as vendas mesmas loja aumentaram em 6,2%.

- MRV ON perdia 2,84%, no segundo pregão seguido no vermelho, após acumular nos primeiros três pregões da semana acréscimo de 3,5%. O índice do setor imobiliário recuava 0,77%.

- BRASKEM PNA subia 1,57%, recuperando-se de queda na véspera, quando ajustou parte da apreciação do começo da semana, de 8,75% até quarta-feira.

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