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Bolsa opera em forte queda com eleições na Argentina e guerra comercial

Às 13:21, o Ibovespa caía 2,03 %, a 101.884,57 pontos

Bolsa: Ibovespa iniciou a semana com forte queda (Bruno Rocha/Fotoarena)

Bolsa: Ibovespa iniciou a semana com forte queda (Bruno Rocha/Fotoarena)

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Reuters

Publicado em 12 de agosto de 2019 às 10h24.

Última atualização em 12 de agosto de 2019 às 13h22.

São Paulo — O Ibovespa iniciou a semana com forte queda, diante de um cenário internacional turbulento, com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, sofrendo uma arrasadora derrota para a oposição nas eleições primárias de domingo, além de ausência de progresso na guerra comercial EUA-China.

Às 13:21, o Ibovespa caía 2,03 %, a 101.884,57 pontos. O volume financeiro era de 4,1 bilhões de reais. A maior parte do índice operava no vermelho, com as exceções sendo empresas com importantes operações internacionais ou de exportação, como JBS e Suzano, diante de um dólar superando os 4 reais.

Os eleitores argentinos rejeitaram com ênfase as políticas econômicas austeras do presidente Mauricio Macri nas eleições primárias de domingo. A coalizão que apoia o candidato de oposição Alberto Fernández --cuja companheira de chapa é a ex-presidente Cristina Kirchner-- liderava com 47,3% dos votos, uma vantagem de 15 pontos percentuais.

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Analistas da XP Investimentos enxergavam uma reação negativa dos mercados da região, esperando que o CDS da Argentina, que mede o risco-país, suba para além de 1500, ante 900 na sexta-feira.

O peso argentino desabava cerca de 30%, para o mínima de 65 pesos por dólar. O índice Merval, da bolsa de Buenos Aires, tinha baixa de mais de 9 por cento.

Fora da América do Sul, o viés negativo também contaminava os mercados acionários, diante do pessimismo com a guerra comercial entre Estados Unidos e China. O instituto econômico alemão Ifo, em sua pesquisa trimestral, indicou que a perspectiva econômica se deteriorou em todo o mundo devido ao agravamento do conflito. Em Wall Street, os principais índices, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq, recuavam.

O noticiário do dia também conta com a divulgação do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador de junho mostrou que a economia do Brasil entrou em recessão técnica depois de ter encerrado o segundo trimestre com contração, ampliando as preocupações sobre as perspectivas para o país.

O mercado ainda está de olho nos balanços trimestrais de empresas que compõe o índice, com Magazine Luiza, Eletrobras e Estácio (YUDQS) dentre as que divulgam resultados após a sessão desta segunda-feira.

Destaques

-ITAÚ UNIBANCO PN caía 3,7% e BRADESCO PN perdia 2,4%, endossando a tendência negativa do índice.

- PETROBRAS PN recuava 2,4%, apesar da alta no preço do petróleo no exterior.

QUALICORP ON desvalorizava-se 5,6%, em sessão de ajustes após o salto de mais de 35% na sexta-feira, quando o grupo hospitalar Rede D'Or São Luiz assinar contrato na quinta-feira para comprar cerca de 10% das ações da empresa.

- BRASKEM PNA perdia 1,7%, em meio às perspectivas de fraca demanda por resinas no país e incertezas no exterior pressionando as perspectivas sobre a demanda por produtos petroquímicos. O presidente do STJ permitiu o desbloqueio do caixa de cerca de 3,7 bilhões de reais na sexta-feira.

- GOL PN perdia 6,3% e AZUL PN recuava 5,6%, ambas entre as maiores quedas da sessão, prejudicadas pela alta no dólar, um dos principais componentes de custos do setor aéreo.

- VALE ON avançava 0,4%, mesmo com o recuo do minério de ferro na bolsa de Dalian pela oitava sessão seguida.

- JBS e MARFRIG estavam entre as poucas principais altas, avançando 1,5 e 1,7 por cento, respectivamente. Ambas as companhias divulgam seus desempenhos de segundo trimestre nesta semana.

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