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Boeing eleva projeções de lucro e fluxo de caixa; ações disparam

As ações subirem mais de 6%; a companhia americana espera um fluxo de caixa operacional de 17 a 17,5 bilhões de dólares em 2019

Boeing: a companhia afirmou que espera entregar entre 895 e 905 aeronaves em 2019 (Lindsey Wasson/Reuters)

Boeing: a companhia afirmou que espera entregar entre 895 e 905 aeronaves em 2019 (Lindsey Wasson/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de janeiro de 2019 às 16h54.

Bangalore/Seattle - A Boeing elevou nesta quarta-feira as projeções de lucro e fluxo de caixa para 2019, o que fazia as ações da empresa subirem mais de 6 por cento, em meio a um boom nas viagens aéreas e produção mais acelerada do modelo 737.

A companhia norte-americana, que está comprando o controle da divisão de jatos comerciais da Embraer, afirmou que espera entregar entre 895 e 905 aeronaves em 2019, ante 806 despachadas no ano passado.

Os investidores acompanham de perto o número de aviões entregues para terem indicações sobre fluxo de caixa e receita da companhia.

Apesar da perspectiva positiva, a maior exportadora dos EUA enfrenta várias turbulências em 2019, incluindo o estresse de alguns de seus clientes, sinais de desaceleração econômica global e tensões comerciais de seu país sede com a China, onde a Boeing entrega cerca de 1 em cada 4 aeronaves que produz.

A Boeing elevou sua previsão anual de lucro por ação para 19,90 a 20,10 dólares, ante faixa anterior de 14,90 a 15,10 dólares. A expectativa para a receita subiu para 109,5 bilhões a 111,5 bilhões de dólares, ante estimativa anterior de 98 bilhões a 100 bilhões.

O presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, afirmou que a companhia ainda não chegou a um "ponto decisivo" sobre se vai prosseguir com os planos de lançar uma aeronave de médio porte, conhecida como NMA e direcionada a um mercado de nicho entre aviões de corredor único e jatos de corredor duplo.

A decisão sobre o lançamento do novo jato, que a Boeing tem afirmado que tomaria em 2019, deve reformatar a competição com a Airbus, que domina a ponta mais alta do segmento.

A companhia previu fluxo de caixa operacional de 17 a 17,5 bilhões de dólares em 2019 ante 15,32 bilhões em 2018. Analistas em média esperavam 16,73 bilhões, segundo a IBES Refinitiv.

No quarto trimestre, o lucro principal da Boeing subiu para 5,48 dólares por ação ante 5,07 dólares um ano antes. Analistas, em média, esperavam resultado positivo de 4,57 dólares por ação.

A receita trimestral subiu 14,4 por cento, a 28,34 bilhões de dólares, acima da expectativa de analistas de 26,87 bilhões. O faturamento da Boeing em 2019 ultrapassou os 100 bilhões de dólares pela primeira vez nos 102 anos de história da empresa.

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