Blue Chips estrangeiras estreiam na BM&FBovespa
Apple, Google, Bank of America, Arcelor Mittal, Goldman Sachs, BHP Billiton, Wal Mart, Exxon Mobil, Mc Donald's e Pfizer fazem parte do primeiro lote
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2010 às 14h47.
São Paulo - As ações de dez grandes empresas estrangeiras começam a ser negociadas nesta terça-feira (5) na BM&FBovespa. O primeiro lote, que conta com os papéis da Apple, Google, Bank of America, Arcelor Mittal, Goldman Sachs, BHP Billiton, Wal Mart, Exxon Mobil, Mc Donald's e Pfizer, tem o Deutsche Bank S.A. como instituição financeira responsável pela emissão desses recibos.
Um novo lote de dez ações deverá ser colocado em breve pelo Citigroup. A intenção da bolsa é a de chegar a até 80 papéis em negociação até o final do ano que vem. Por serem BDRs (Brazilian Depositary Receipts) não-patrocinados, ou seja, certificados dos papéis que negociam nos EUA, essas empresas não tem o capital aberto no país e, portanto, não respondem às regras do regulador brasileiro do mercado de capitais.
Os papéis serão negociados no mercado de balcão, funcionando da mesma forma que um investimento no exterior. Os BDRs ainda não estarão disponíveis para a negociação direta pelos investidores pessoas físicas. Esse público só poderá adquirir os papéis por meios de fundos de investimentos, principalmente os multimercados. Além deles, instituições financeiras e profissionais que trabalham no mercado financeiro poderão negociar.
O potencial para esse mercado é enorme. Na bolsa do México (BMV), as negociações com esses papéis já representam 30% do volume. Na BMV, o número de empresas disponíveis passa de centenas. Além dos Estados Unidos, há empresas da França, Inglaterra, Suíça, Alemanha, Finlândia, Japão, China, entre outros. Veja a lista.
A ideia da bolsa é facilitar o acesso dos fundos brasileiros às ações de empresas estrangeiras sem precisar negociar em outros mercados. "A novidade agrega em potencial de diversificação para os investidores qualificados", explica Marcus Vinicius Tsukuda, analista do Paraná Banco Asset Management. "Mas acredito que no Brasil existem oportunidades mais interessantes", explica.
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